Itajaí
Marinheiros fazem zerinho com ferribote no meio do Itajaí-açu
Numa das manobras, o caixão do dono da empresa tava sendo transportado
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Os zerinhos que na quinta e na sexta-feira da semana passada foram dados no meio do rio Itajaí-açu pelos ferribotes não se trataram de nenhuma manobra maluca e muito menos algum problema mecânico das embarcações. A volta no mesmo eixo dada pelas balsas foram uma maneira dos marinheiros e da direção da empresa de Navegação Santa Catarina homenagear o empresário Vandir Weidle, falecido na quinta-feira e cremado no dia seguinte. Vandir, que tinha 75 anos, foi o fundador da empresa e morreu vítima de um câncer.
Diogo Hasse Weidle, 27 anos, filho do empresário e um dos diretores da empresa, conta que a manobra ao meio dia de quinta-feira foi uma iniciativa dos marinheiros. As quatro embarcações que fazem a travessia do centro de Navegantes para Itajaí e as duas da balsa da Barra do Rio fizeram a homenagem, conta Diogo.
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Na sexta-feira, perto das 16h, quando o carro fúnebre fez a travessia com o caixão de Vandir, a homenagem se repetiu. O próprio Diogo acompanhou a manobra da ponte de comando, junto com o mestre da embarcação.
As manobras chamaram a atenção do povão, que não entendeu o que estava ocorrendo. Segundo Diogo, ele mesmo teve a ideia no ano passado, quando falecerem dois funcionários da empresa.
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Cinzas com os filhos
A pedido do próprio Vandir, o corpo foi cremado. As cinzas, revela Diogo, ficarão com os três filhos mais um neto que foi criado pelo empresário. Em homenagem ao pai, Diogo pretende jogá-las em quatro lugares diferentes. Vou jogá-las velejando, num dia de tempestade, porque ele achava o mar bravo muito bonito, de uma força incrível, comentou o empresário. Os outros locais que escolheu para soltar as cinzas do pai são um ponto de meditação que Vandir tinha na praia Vermelha, em Penha, no meio do rio Itajaí-açu e numa Fazenda de Goiás.