Itajaí
Pelo de rato e larvas em geleia de morango
Pelo de rato, larvas mortas e fungos foram encontrados num lote de doce de morangoFiscais da vigilância sanitária vasculham mercados atrás desse doce
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Os consumidores devem ficar atentos se encontrarem pelas prateleiras dos mercados a geleia de morango da marca Piá, lote número 02, com validade até 19 de novembro de 2016.
A agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mandou retirar de circulação todos os potinhos do lote. A decisão foi tomada depois que técnicos da vigilância Sanitária de Santa Catarina encontraram numa amostra do produto, durante análises de laboratório, fungos, larvas mortas e até um pelo de rato.
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A resolução que proíbe a distribuição e comercialização daquele lote foi publicada na edição de segunda-feira do Diário Oficial da União, que é o jornalão do governo federal.
A publicação já mobilizou os fiscais da Vigilância Sanitária da secretaria de Saúde de Itajaí. Luiz Antônio Spinosa, o Luizão, diretor do departamento, afirma que os fiscais do município estão vasculhando mercados, supermercados e mercearias. Até ontem, nenhum potinho contaminado foi encontrado. Acredito que talvez nem tenha vindo para cá. Mas como não conseguimos alcançar todos os comércios, então pedimos que se a população encontrar que comunique à vigilância, solicita Luizão.
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Em Balneário Camboriú, Erli Ribeiro Martins, diretor do setor de alimento da Vigilância Sanitária, diz que não estava sabendo da determinação da Anvisa. Nós tivemos uma situação desta com as geleias de morango em maio, mas já foram todas retiradas, informa.
Ontem, o DIARINHO foi até um grande supermercado no bairro Fazenda, em Itajaí, e não encontrou o produto por lá. Havia geleias da Piá de outros sabores, mas não de morango.
Fábrica diz que problema foi resolvido
A cooperativa Agropecuária Petrópolis, dona da marca Piá e que é do Rio Grande do Sul, informou através de nota oficial que a empresa já tinha detectado o problema antes da publicação da resolução da Anvisa e que os potinhos de geleia já foram retirados de circulação. O problema, alega a direção da empresa, aconteceu em maio deste ano.
A empresa esclarece que a contaminação do lote se deu por conta da matéria-prima usada na produção da geleia, os morangos. Segundo a nota, os animais entram em contato com as frutas ainda nas lavouras e, apesar do produto passar por altas temperaturas para eliminar os microrganismos, algumas matérias estranhas podem permanecer.
A cooperativa promete que vai intensificar o treinamento e o monitoramento durante o manuseio dos morangos para evitar este tipo de situação.
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O que foi encontrado
Pra checar se tá tudo OK com as chimias, vendidas na Santa & Bela, uma amostra de cada lote fabricado é enviada ao laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), em Floripa, para análises microbiológicas, físico-químicas e microscópicas.
No laudo da geleia de morango da marca Piá, o Lacen detectou a presença de um fungo que não é típico do produto. Também tinham duas larvas mortas. Outro achado deixa a coisa ainda mais nojenta: um pelo de roedor, um ratinho.
Pela qualificação da Vigilância Sanitária, tudo aquilo caracteriza risco acima do limite máximo de tolerância previsto pela Anvisa.
Segundo ainda informações da Vigilância Sanitária do Estado, esses materiais encontrados na geleia não oferecem riscos para a saúde humana. Mesmo assim, deixam o produto impróprio para o consumo. A empresa também é responsável pelo recolhimento do lote irregular.
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