Pirâmide da criptomoeda
PF desarticula bando que lesou mais de 400 pessoas
O prejuízo ultrapassa os R$ 30 milhões
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
A Polícia Federal deflagrou na terça-feira a Operação Technikós, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que praticava fraudes por meio de pirâmide financeira e outros crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. São mais de 400 pessoas lesadas, em valores que podem ultrapassar R$ 30 milhões.
A sede da empresa ficava em Rio do Sul. Foram cumpridas nove ordens de busca e apreensão em Rio do Sul, Itapema, Porto Belo e Videira, além das cidades paulistas de Paulínia e Osasco.
Nas buscas foram apreendidos veículos, documentos, joias, telefones celulares, relógios e recolhidos os passaportes dos dois principais investigados. Uma pessoa foi presa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo em Porto Belo.
Um Camaro foi apreendido em Itapema e outros veículos da quadrilha em Rio do Sul. As joias e os relógios foram apreendidos em Rio do Sul, junto com o passaporte do empresário investigado, para impedir que ele fuja do país.
Esquema de pirâmide
A organização criminosa é composta por 15 empresas e atuou entre os anos de 2017 e 2020, em Santa Catarina e São Paulo, tendo captado clientes para supostos investimentos em criptoativos e outros negócios, prometendo lucros além dos praticados no mercado.
A organização operava na forma de pirâmide financeira, mediante a negociação de valores mobiliários sem a devida autorização do Banco Central ou da Comissão de Valores Mobiliários.
Além do bloqueio e sequestro de veículos e de bens, foram alvo das ações valores depositados em instituições financeiras e em corretoras de criptomoedas.
Até o momento 11 pessoas foram indiciadas pelos crimes de organização criminosa, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso, operar instituição financeira sem autorização, emitir, oferecer e negociar valores mobiliários sem registro prévio de emissão junto à autoridade competente, além de estelionato e de lavagem de dinheiro. As vítimas ainda podem denunciar os criminosos através do e-mail denunciapiramides.iji@pf.gov.br.