Mobilidade
BB vai liberar até R$ 20 mil por pessoa para a compra de motos e patinetes elétricos
Financiamento poderá ser parcelado em até 60 vezes e incentiva os transportes alternativos
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
O Banco do Brasil lançou, nesta semana, uma nova linha de crédito focada em ajudar aqueles que desejam comprar meios de transporte alternativo que utilizem pouco ou nenhum combustível. É o “BB Crédito Mobilidade”, que financiará até 100% do valor da nota fiscal de bicicletas, patinetes, scooters e motos elétricas abaixo de 125 cilindradas em até cinco anos.
O banco explica que o teto de financiamento é de R$ 20 mil e a linha tem prazo de até 60 meses, com pagamento da primeira parcela acontecendo em até 59 dias da ativação.
Ainda segundo o BB, os juros mínimos serão fixados em 24,31% ao ano, num valor que corresponde a 1,83% ao mês. O cliente poderá, ainda, escolher a data em que as prestações serão debitadas.
A assessoria do BB destaca que o cliente deve ser correntista da instituição e a loja ser cadastrada; ainda, que o veículo não fica alienado. Ou seja, pode ser um veículo sem placa, como um patinete ou uma bicicleta.
A medida agradou os comerciantes do ramo. É o caso de Rodrigo Simioni, CEO da Mega Elétron Brava. Rodrigo diz que a abertura desta modalidade pode significar uma maior procura por parte da população aos meios de mobilidade elétricos.
“Antes fazíamos apenas com PIX ou crédito no cartão. Para a linha de patinetes e bicicletas nós não tínhamos nenhuma linha de crédito, a menos que o cliente tivesse crédito no cartão. Agora, provavelmente, aumentará a procura, pois nem todos dispõem de R$ 15 mil ou R$ 20 mil no cartão para comprar no ato”, conta.
A pessoa física pode contratar pelo aplicativo do Banco do Brasil clicando no menu “empréstimos” e em seguida na opção “contratar financiamentos”. Lá, estará habilitada a opção “BB Crédito Mobilidade”.
De acordo com balanço divulgado na última semana, operações sustentáveis de crédito alcançaram a marca de R$ 292,2 bilhões no primeiro bimestre deste ano, com os últimos 12 meses com alta de 13,3%.
“Você não gasta gasolina, não pega trânsito, é muito melhor para se locomover... E ajuda o planeta dela” - Lorenzo - Estudante
Economia e meio ambiente
A novidade vem num contexto em que se fala cada vez mais de preservação ambiental, com urgência de a sociedade encontrar maneiras novas de se locomover sem prejudicar o meio ambiente. O encarecimento do combustível também motiva as pessoas a encontrar maneiras alternativas de se locomover no dia a dia.
“Na parte econômica, é muito melhor que um carro a combustão. Cerca de 90% mais econômico. A pessoa que gastava mil reais de gasolina com uma moto a combustão, gasta R$ 70 com uma elétrica. Isso, além de ser 70% menos gasto com manutenção, já que a elétrica não precisa de troca de óleo, essas coisas”, completa Rodrigo.
Segundo estudo do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), 72,6% das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em São Paulo advém da queima do combustível de automóveis.
O estudante Lorenzo Monfardini explica que, além da praticidade de não pegar trânsito, a preocupação ambiental também é um pilar para que as pessoas comecem a deixar o carro em casa.