Denúncia em Itajaí
Médicos terceirizados estão com os salários atrasados
Contrato com a empresa terceirizada foi rescindido pelo município
Juana Dobro [editores@diarinho.com.br]
Todos os médicos contratados pela prefeitura de Itajaí, que recebem o pagamento pela empresa terceirizada Pró-Ativo, a maioria do corpo clínico das Unidades de Pronto Atendimento e das Unidades Básicas de Saúde, estão com os salários atrasados e ameaçam uma greve.
De acordo com os médicos, por serem contratados, não há obrigação de a prefeitura fazer o pagamento diretamente. “O pagamento dos técnicos de enfermagem e enfermeiros já foi feito, porém os médicos estão com o salário atrasado e o problema se repete todos os meses”, conta um dos denunciantes. “O salário de janeiro nós recebemos em março”, reclama.
A situação piorou no mês de junho, quando os profissionais acumularam abril e maio de salários atrasados. “A empresa responsável pela gestão de saúde do município relata que o atraso é de responsabilidade da prefeitura, especificamente da secretaria de saúde, já a prefeitura diz que a responsabilidade é da terceirizada”, desabafam. “Alguns médicos já estão discutindo uma possível greve nos atendimentos por conta dos atrasos”, complementam.
Pagamento em dia
A prefeitura de Itajaí afirma que sempre fez com pontualidade os pagamentos à empresa Pró-Ativo - terceirizada que realizava a contratação de profissionais para atuar junto à Secretaria Municipal de Saúde “O pagamento sempre foi feito após receber o devido relatório de prestação de contas dos serviços prestados”, explica a prefeitura.
A empresa, contudo, é a responsável por repassar os valores aos profissionais contratados. “Atualmente, não há mais contrato em vigor com a Pró-Ativo”, disse o poder público, que encerrou o contrato com a empresa, mas garante que os profissionais serão aproveitados pela nova prestadora de serviços.
O município confirma que reteve alguns valores contratuais como garantia para o pagamento de ações trabalhistas nos meses em que a empresa atuou com a prestação do serviço junto a Secretaria de Saúde, conforme previsto em lei.
Também reforça que não há risco de greve destes profissionais, pois o contrato já foi encerrado e uma nova empresa foi contratada para atuar no município. A nova gestão deverá regularizar esse repasse aos profissionais da saúde.