O dono do galpão que estaria abrigando um trabalhador em condições desumanas no bairro Cordeiros, em Itajaí, assegura que o denunciante está “usando de má fé” e “criando uma história não verdadeira”. Ele também afirma que a empresa não teria submetido o trabalhador à exploração. O caso, denunciado quarta-feira pelo DIARINHO, é investigado pela comissão de Direitos Humanos da OAB em Itajaí.

O funcionário acusa o patrão de lhe cobrar R$ 300 mensais por um “aluguel” de um espaço sem banheiros, pias, com cama inadequada, e sem outros itens básicos para uma vida digna. O patrão, que pede para não ser identificado, nega todas as acusações, e apresentou fotos do espaço limpo e organizado.

“Ele é funcionário da minha empresa desde fevereiro de 2018, já foi funcionário em outra oportunidade, em 2006, saiu e pediu para voltar. Hoje está em férias”, garante o patrão. “Em agosto de 2020 pediu ajuda, alegando que pagava aluguel de R$ 850 por mês e que estava pesado”, acrescenta. As fotos encaminhadas mostram a oficina do galpão em ordem, cozinha e banheiros limpos, estofados, geladeira e até microondas.

O dono do galpão alega que resolveu deixá-lo morar no local, um escritório, temporariamente. “Informei desde o início que o banheiro era na parte térrea e que o local não era destinado para moradia”, garante. 

Também registrou B. O.

O proprietário ainda reforça que R$ 300 seria apenas a cobrança relativa ao consumo de água e luz. “Conversei com ele há 60 dias para que deixasse o local, que necessita de reformas. Quero alugar. Até o momento, ele se recusa a sair”, observa. Como o funcionário não desocupou o imóvel, o empregador fez um BO.