Corpo no rio
Comerciantes acusados de matar concorrente vão a julgamento
Segundo a denúncia, mulher foi sequestrada, morta e o corpo foi jogado em um riacho
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]



O casal de comerciantes Magali dos Santos e Odelir Medeiros, de Araquari, responderá em um tribunal do júri a acusação de assassinato de uma concorrente do mercado de confecções - Cátia Regina Silva, 46 anos, foi morta em 25 de julho de 2019, após levar um tiro na cabeça e ter seu corpo jogado num curso d’água. A data do julgamento ainda não está definida.
O crime ocorreu na madrugada de 25 de julho de 2019, na estrada geral do Jacu, às margens do rio Piraí, quando a vítima, Cátia Regina, recém chegada de viagem de compras a São Paulo, caiu em uma tocaia organizada pelo casal, segundo a denúncia.
Após desembarcar em Joinville, a comerciante pegou seu automóvel a fim de retornar para casa, em São Francisco do Sul. No trajeto, contudo, os criminosos se fizeram passar por agentes da Receita Federal para fazê-la parar no acostamento da BR-280.
A partir daí, sempre segundo a denúncia, ela foi forçada a acompanhá-los até o local onde foi executada. Seu carro, uma Duster, levado para outro local na região, foi queimado. Parte das roupas que a vítima comprou em São Paulo foi encontrada mais tarde com os réus.
Um terceiro homem, Fabrício Cabral Woche, teria participado do crime, mas seu caso tramitou em outra ação penal, e Fabrício acabou morto a tiros após tentar invadir um galpão em São Francisco do Sul, em fevereiro deste ano. No recurso dos réus, os comerciantes tentavam evitar o júri popular, argumentando que possuíam um álibi contra a acusação.
A sentença inicial da juíza Shirley Tamara Colombo de Siqueira Woncce de levar a dupla ao tribunal do júri foi confirmada pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que não aceitou os argumentos da defesa e assegurou haver provas da autoria do crime. O advogado dos réus segue sustentando que as provas do processo são inconsistentes.