A moradora de Itajaí Márcia S. C., de 49 anos, alega que passou pelo menos seis dias sem alimentação adequada e sem a atenção necessária ao ser internada no hospital Marieta Konder Bornhausen para o tratamento de uma pancreatite aguda. Márcia deu entrada no hospital no dia 30 de abril, mas no dia 5 de maio não havia passado por cirurgia. O relato é da família da paciente.
Os familiares acusam o hospital de a deixarem em jejum já na entrada na unidade - ela só foi alimentada no dia 3 de maio, com alimento pastoso. Márcia passou por médicos e enfermeiros que alegaram que ela seria operada no dia 4, o que não ocorreu. O procedimento seria pago pelo plano de saúde.
No dia 5, a paciente entrou na sala de cirurgia ao meio-dia, e voltou para o quarto às 15h – quando os enfermeiros alegaram que ela havia “tomado água” e não poderia passar pelo procedimento ...
Os familiares acusam o hospital de a deixarem em jejum já na entrada na unidade - ela só foi alimentada no dia 3 de maio, com alimento pastoso. Márcia passou por médicos e enfermeiros que alegaram que ela seria operada no dia 4, o que não ocorreu. O procedimento seria pago pelo plano de saúde.
No dia 5, a paciente entrou na sala de cirurgia ao meio-dia, e voltou para o quarto às 15h – quando os enfermeiros alegaram que ela havia “tomado água” e não poderia passar pelo procedimento. Às 18h, ela foi novamente para a sala cirúrgica, ficou até 22h30 sem atendimento, e alega ter passado frio ao ficar descalça, sem camisola e sem lençol na cama.
A paciente diz que chegou a ficar em pé para tentar espantar o frio, e a chorar pedindo comida. Quando retornou ao quarto, pediu à família para levá-la do hospital. Ela saiu do Marieta por conta própria, e alega ter ouvido relatos de outros casos – de atendimento precário e vaivém no encaminhamento de cirurgias.
Christian, o esposo, responsável pelo boletim registrado na Polícia Civil no dia 6 de maio, assegura que Márcia só conseguiu a cirurgia no dia 6, no hospital de Navegantes, onde uma pedra na vesícula foi retirada. “É ridículo, é desumano o que está acontecendo lá dentro do Marieta”, falou o esposo, que trouxe a mulher para casa no último dia 8.
“Se não tinha como fazer cirurgia na quarta, deveriam ter alimentado ela novamente. Sem falar na falta de estrutura do próprio quarto”, disse. “Em Navegantes, o hospital é público e ela foi atendida bem e rápido”, completa. Márcia ficará 60 dias em licença médica, para recuperação.
Hospital desmente
Segundo a assessoria do hospital Marieta, as reclamações da paciente não procedem. “O caso da paciente exigia jejum e a cirurgia necessitou ser reagendada em razão de urgências que surgiram”, disse, através de nota. “A paciente foi devidamente orientada pela equipe do hospital, mas ela optou por evadir-se da unidade hospitalar, abandonando o tratamento”, acrescenta.