Economia
Epagri lança Manual de Cultivo de Ostras
Estado catarinense é o maior produtor do Brasil
Juvan Neto [editores@diarinho.com.br]
A Epagri de Santa Catarina lançou seu novo “Manual do Cultivo de Ostras”, organizado pelo biólogo Felipe Matarazzo Suplicy, pesquisador da empresa estatal. O material conta com 13 coautores de vários estados brasileiros. Segundo o maricultor Gilberto Manzoni, de Penha, é uma importante contribuição tanto para o cultivo de ostras como de mexilhões.
O objetivo da obra é oferecer apoio a investidores, produtores, técnicos e estudantes para implantar e gerenciar fazendas de ostras. “A publicação é bastante importante porque traz dados para nossa realidade brasileira e contribui para a melhoria das técnicas e do cultivo”, pontuou Gilberto ao DIARINHO.
A produção de ostras no Estado, segundo Manzoni, inicia pela área de cultivo da Grande Florianópolis, e a chamada “terminação” acontece em Penha, com engorda e revenda da produção no município.
Os 14 capítulos do livro reúnem uma série de informações relacionadas ao cultivo, desde a seleção de local, captação natural e produção de sementes em laboratório, sistemas berçário, de cultivo e técnicas de manejo empregadas, além de doenças e enfermidades das ostras.
Há, ainda, análise econômica e financeira, cuidados na seleção e armazenagem, aspectos sanitários e até mesmo receitas com essas iguarias. “Embora o Brasil disponha de uma costa de 9,2 mil quilômetros, a ostreicultura, ainda, precisa de maior aprendizagem da cadeia produtiva para que o país figure entre os principais produtores mundiais”, afirma Felipe Suplicy.
O livro possui 256 páginas, 163 ilustrações e está disponível para venda no setor de publicações da Epagri. A obra impressa custa R$ 60 (custos com envio já incluídos) e pode ser solicitada pelo e-mail: demc@epagri.sc.gov.br.
SC em destaque
O Brasil é o 17º produtor mundial de ostras. Santa Catarina lidera a produção, seguida do Paraná. A produção catarinense, em 2018, foi de 2205 toneladas, com a atuação direta de 111 maricultores e um valor total estimado em R$ 19,1 milhões. O Estado responde por cerca de 95% da produção brasileira.
“Em Penha, estamos nos reestruturando e estimamos 30 maricultores na água hoje. Produzimos em torno de mil toneladas de mexilhão, que é o carro-chefe; a ostra vem em segundo plano, mas a cidade é a única que conta com uma cooperativa, que voltou operar em 2020, com boa perspectiva de produção”, observa o produtor.