Itajaí
Moradora de Camboriú, atropelada pela PM, aguarda trâmite de processo na justiça
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Uma moradora da cidade de Camboriú procurou o jornal para narrar que ainda espera solução pro atropelamento que sofreu de uma viatura da polícia Militar, há dois anos atrás, em frente ao supermercado Koch da cidade de Camboriú. O processo corre na justiça e tem previsão de conclusão somente em dois anos. “Eu tava saindo do mercado, fui fazer a compra da semana, e eles me atropelaram como mostrou um vídeo. Não sei se foi de propósito, mas o que falaram pra mim é que estavam em ocorrência. Só que a polícia só pode estar em ocorrência quando tá com o giroflex ligado, caso contrário, se eles não estão em perseguição, precisam obedecer as leis do trânsito como qualquer um e dar a seta...”, observa. Na época a vítima trabalhava como diarista em apartamentos da Praia Brava e tinha o sonho de se tornar atleta de Ginástica Olímpica. Ela afirma que ficou impossibilitada de trabalhar como doméstica desde o acidente. “Eu tenho duas filhas, e no momento estou grávida do terceiro filho. Eu era especialista em limpar vidros, ganhava até R$ 200 por dia como diarista, e hoje tenho dificuldades pra subir uma escada ou cadeira. Não consegui mais assinar minha carteira depois do acidente, e é muito difícil achar quem queira contratar alguém com seis parafusos e duas platinas na perna. Hoje eu não consigo mais correr e meu sonho de ser atleta foi interrompido por conta desse acidente. Ela já sofreu duas cirurgias após o acidente. “Fiquei longe das minhas filhas tendo que pagar alguém para cuidar delas. Não me ajudaram em nada, faltou solidariedade. Ainda queriam que eu pagasse os danos da viatura, me chamaram na delegacia militar de Camboriú e me fizeram assinar um termo dizendo que pagaria os danos”, desabafa. O comandante da PM de Camboriú, capitão Zancanaro, afirmou que não estava atuando no batalhão na época do acidente, pois assumiu o comando em dezembro de 2019. “É uma pena o que aconteceu, uma infelicidade grande. Eu não estava aqui na época, mas minhas portas estão abertas para conversar. Acredito que ela fez o correto, entrou com uma ação contra o estado, como é o procedimento. Caso seja provada a culpa, o estado tem de pagar uma indenização ou até uma espécie de aposentadoria mensal”, observou o capitão. [video width="848" height="480" mp4="https://diarinho.com.br/wp-content/uploads/2020/11/WhatsApp-Video-2020-11-05-at-16.24.16.mp4"][/video]