Matérias | Entrevistão


Itajaí

Raphael Nunes Bueno

Especialista em saúde coletiva e epidemiologia

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Um estudo da universidade de Washington, nos Estados Unidos, aponta dois cenários previsíveis para o Brasil em relação ao rastro devastador da pandemia do coronavírus.  Se medidas sanitárias e restrições mais severas não forem impostas até setembro, o Brasil chegará a 340 mil mortes causadas pela covid-19. Já se houver respeito às orientações sanitárias e ao distanciamento social, as mortes devem girar em torno de 140 mil. Para falar sobre o avanço da doença, as medidas adotadas pelos municípios e a dificuldade de inibir a curva de contaminados, a jornalista Franciele Marcon entrevistou o especialista em Saúde Coletiva e Epidemiologia, Raphael Nunes Bueno. 

Raphael foi categórico ao afirmar que Santa Catarina está começando a se tornar um dos epicentros da covid-19 no Brasil. Ele também analisou os efeitos da pandemia na saúde, na economia e no emocional das pessoas. Alertou para os riscos de uso de medicamentos sem comprovação científica e da necessidade de investimento no Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente em um país tão desigual quanto o Brasil. As fotos são de Fabrício Pitella.

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Raio X



Nome: Raphael Nunes Bueno

Natural: Blumenau

Idade: 44 anos


Estado Civil: Solteiro

Filho: Não

Formação: Cirurgião- Dentista, advogado, especialização em Atenção Primária e Ensino na Saúde Pública.

Trajetória profissional: Profissional: Trabalha há 23 anos com saúde pública. É servidor público de Itajaí e Balneário Piçarras nas áreas saúde coletiva, epidemiologia e gestão. Professor da Univali na Escola de Ciências da Saúde, no curso de Odontologia e Enfermagem e Residência em Saúde da Família; militante do Direito Sanitário e Civil;  encabeça a luta pelo Sistema Único de Saúde.

 


DIARINHO – A região da Amfri teve crescimento no número de casos e de mortes no último mês da ordem de 380%. Só em uma semana foram 1400 novos casos e 16 mortes. Como se explica isso a partir do ponto de vista de saúde pública?

Raphael: Nós temos algumas questões importantes a ponderar. A gente já tinha uma previsão desde o início da pandemia que ia ter um crescimento. Que o distanciamento social, na verdade, como a gente adotou, e não o isolamento, ele iria, por si só, chegar uma hora, por uma questão comportamental e por uma questão econômica, diminuir consideravelmente. A gente percebeu que no Brasil isso realmente aconteceu. Aconteceu por uma questão cultural, haja vista que no sul do Brasil, que quando se liberou, as pessoas foram à praia, enfim, começaram a utilizar os espaços públicos de forma descontrolada. E temos uma questão também, infelizmente, como o Estado, e quando eu falo Estado, eu falo a sociedade, enfim, não conseguiu manter a renda, muitas pessoas se viram obrigadas a voltar a trabalhar por uma questão de manutenção de renda. Na saúde pública, a gente esperava pelo comportamento que tem se visto dessa pandemia, que é nova, mas tem se percebido, que na hora que começa a aumentar a circulação de pessoas, começa realmente a aumentar a transmissão, aumentar a sobrecarga no sistema de saúde e realmente transmitir mais fortemente nas populações mais vulneráveis, que estão à margem, que têm problemas de habitação, problema de informação e que tem problema inclusive de acesso ao serviço de saúde.

DIARINHO – Os números podem afirmar quando a curva começará a ser achatada na região? Quando teremos uma tendência de diminuição de casos e mortes?

Raphael: A epidemiologia trabalha com comparação, é uma ciência que trabalha sempre comparando com outros cenários. A gente tende sempre a analisar o cenário do município aqui da região com o estado, com o Brasil e com o mundo. Se a gente for pensar num cenário mais pessimista espera-se que até setembro, até meados de setembro, a gente tenha quatro vezes mais mortes do que são registradas hoje. Então espera-se no Brasil mais ou menos quatro mil mortes diárias. Isso num cenário bem pessimista. Se a gente começar: fecha, abre, fecha, espera-se que a gente tenha mais ou menos duas vezes mais mortes. A partir de setembro a tendência é de queda por várias questões. Primeiro, a questão mesmo de chegar no topo da infecção, e, pensando nos assintomáticos também, que talvez a gente já tenha tido contaminação. E a questão da temperatura, que começa a mudar um pouco o comportamento da temperatura aqui no sul. Apesar desse ser um fator que ainda não é comprovado, porque tem ainda muito pouco tempo da pandemia, então não se consegue analisar a questão da variável “tempo”. A questão do inverno, do verão. E nós temos uma outra preocupação bem importante que é a questão da “imunidade de rebanho”. Alguns estudos têm mostrado que esse vírus, essa pandemia, não tem criado imunidade de rebanho, ou seja, isso é muito preocupante. Ela não tem conseguido imunizar aqueles que já tiveram contato com o vírus, que já tiveram contaminação. Um estudo na Espanha, que foi lançado no The Lancet, que é um dos principais jornais de saúde coletiva e de saúde pública do mundo, mostra que apenas 5% da população já criou essa imunidade. Então, 5% numa população de 210 milhões de habitantes praticamente é nada. [Então quer dizer que você pode pegar Covid duas, três vezes?] Os estudos não comprovaram ainda, mas a tendência, pela  falta de imunidade de rebanho, é que provavelmente as pessoas possam se reinfectar. A primeira infecção você tenha tido um comportamento, na segunda o teu comportamento seja outro. A tendência é de aumentar o risco e ir principalmente a óbito aquelas pessoas mais vulneráveis. Entendo que esse grupo chega, de moderado a mais grave, a 20% dos casos de pessoas que se contaminaram. [Não há perspectiva de estabilização e achatamento da curva antes de setembro?] Pelos estudos mais precisos para o Brasil, não. Pra nossa região, temos um dado preocupante. Vinha tendo um comportamento até maio e junho, e julho mudou. Santa Catarina começou a se tornar um dos epicentros da covid-19. Florianópolis é a única capital do sul que aparece com 0,5% da população atingida pelo covid. Florianópolis está sinalizando que a covid está circulando e aumentando em Santa Catarina. A gente está percebendo na região a sobrecarga no sistema de saúde. A sobrecarga tanto na rede privada, como na rede pública. [As UTIs dos hospitais particulares estão lotadas. A rede pública começa a registrar ocupação acima de 70%...] Esse é o problema em Santa Catarina: a resposta que a gente vai ter do sistema de saúde para essa pandemia. Não dá para relaxar antes de setembro, agosto...


DIARINHO – No atual estágio da pandemia teria sentido os municípios intervirem com medidas mais duras? Caberia ao estado ou aos municípios decidir essas estratégias?

Raphael: Eu acredito que a questão do isolamento social é bem importante. Do distanciamento social, melhor dizendo. O que nós vamos ter que pensar, é que não dá pra gente pensar isolado. Porque é aquela grande discussão desde o início da pandemia. A questão da discussão do governo federal, dos governos estaduais e municipais. Fica uma guerra política, uma guerra técnica, entre os três entes da federação. Se a gente pega o SUS, ele é formado pelos três entes. E se a gente pegar o Pacto Federativo, todos os três entes têm que trabalhar juntos. Pra conseguir manter esse distanciamento social, conseguir manter essas regras mais rígidas, temos que injetar dinheiro no mercado, dinheiro na sociedade. De que forma? Ajuda emergencial, garantindo empregos, garantia pro micro e pequeno empresário, que são a grande parte dos empregadores do Brasil. Não dá pra dissociar esse olhar, porque senão a gente também, e aí tô dizendo das pessoas que são obrigadas a sair de casa por causa do trabalho, não aquelas pessoas que terminam saindo de casa por outros motivos. Essas são obrigadas a sair porque, realmente, ou elas vão, infelizmente, morrer de covid ou vão morrer porque não vão ter renda e não vão ter acesso ao alimento. Nossa grande preocupação, claro, primeiro é sanitária, indiscutivelmente. Agora, pra suportar as questões sanitárias vai ter que ter um aporte, e a gente pensa no governo federal, porque os municípios já estão com seus orçamentos no limite, os estados a mesma forma. O investimento do governo federal mais forte nas micros e pequenas empresas e nas pessoas que não têm renda. Hoje grande parte da população é autônoma ou sem renda.

A gente tem que entender que a repercussão dessa pandemia não é só biológica. Ela é econômica, é psicológica, é ambiental e a gente vai ter que aprender a lidar com isso."

 

DIARINHO - Como a testagem em massa poderia ajudar a mapear e criar estratégias de combate à pandemia?

Raphael: Quando eu faço testagem em massa eu consigo entender, na verdade, onde eu tenho pessoas que estão contaminadas. E eu consigo prevenir as pessoas de maior risco nessa região ou intensificar o cuidado com a questão da transmissão. Isso é importante. Eu tô mapeando, eu tô registrando a circulação, eu tô fazendo um georreferenciamento, melhor dizendo, da pandemia. Eu consigo fazer medidas que vão se adequar à realidade daquela população. Isso que a gente trabalha. No SUS é uma ideia de territorialização. Esse é um princípio importante no SUS. Ou seja, eu trabalho com território. Eu tenho que entender a realidade da pandemia naquele território que as pessoas vivem. Quanto mais eu fizer testagem, talvez eu consiga flexibilizar algumas medidas para algumas regiões e eu não precise flexibilizar para outras. A testagem vai ajudar justamente, não só na questão da saúde, vai ajudar a questão social também. Se eu estou fazendo testagem, estou percebendo que tem uma baixa incidência, que tem uma baixa transmissão, talvez naquela região ali a gente continue usando máscara, evitando aglomeração, mas eu possa liberar as pessoas para o trabalho, eu possa começar a fazer abertura do transporte público, claro, com limitações, mas eu consigo customizar, podemos dizer assim, para aquela realidade. Se eu não tenho testagem, eu tenho que fazer realmente o distanciamento social. Medidas mais restritivas que impactam não só na questão sanitária, mas vão impactar na questão do dia-a-dia, da economia, do lazer, da convivência familiar que a gente também não pode esquecer. Não é só a questão da economia. Isso tem um impacto psicológico no ser humano enorme. Lembrando que nós somos seres sociais, nascemos para viver em sociedade. É da natureza do ser humano viver em sociedade. A gente tem que entender que a repercussão dessa pandemia não é só biológica. Ela é econômica, é psicológica, é ambiental e a gente vai ter que aprender a lidar com isso.


DIARINHO – No Brasil há quase 70 mil mortes já causadas pelo coronavírus. Mesmo assim, as pessoas não parecem se conscientizar e assumir seu papel de cidadão de fazer a sua parte. Muitos não usam máscaras, ignoram o distanciamento social, pecam nas regras de higiene. Como mudar isso?

Raphael: Primeiro parte da ideia de cidadania. A questão da coletividade. Eu trabalho muito com saúde pública e saúde coletiva. A ideia de coletividade é entender que o meu ato repercute na vida do outro. Eu entendo que são duas maneiras, na verdade. Quando a gente trabalha, eu pego um pouco a questão jurídica do olhar que a gente tem. Se pensa nas penas. “Ah, vamos penalizar quem não usa máscara, vamos multar”. Eu gosto muito de um autor, de um filósofo chamado [John] Locke, que fala que o ser humano tende ao bem. Ou seja, tudo que ele faz é pro bem. Se não faz é porque não teve a oportunidade de fazer. Se ele não faz é porque não tem informação. Então primeiro é a informação, é sensibilizar as pessoas pela informação. É mostrar que, na verdade, pode ficar nos 80% de assintomáticos ou ter sintomas leves, mas que em 20% da população pode causar a morte. Tem pessoas que dependem emocionalmente, financeiramente dessas pessoas que vão morrer. Eu acho que é uma campanha de conscientização em massa, pela questão do cuidado. E aí já pode atrelar, porque se for pensar, beber e dirigir não pode, e realmente os acidentes de trânsito estão ligados ao álcool. Mas há uma realidade de pessoas que bebem e continuam dirigindo. Vai ter que trabalhar com uma conscientização coletiva de cidadania muito maior. A gente brinca, em epidemiologia, que os números falam, se a gente apertar, os números falam. É mostrar os números, na verdade. Aí a importância dos formadores de opinião: a mídia, os chefes do Executivo, o presidente, govenador, prefeitos. As pessoas que têm impacto na sociedade, mostrando atitude. Usando máscara, respeitando o isolamento social, não relativizando a gravidade da pandemia. Porque se eu enxergo que alguém ao qual admiro, que tem um papel de autoridade na sociedade, com atitudes completamente contrárias ao que a grande massa de profissionais de saúde, do que cientistas, falam.... Isso causa uma insegurança que diz o seguinte: “olha, se a pessoa faz e ela está bem, eu também vou fazer”. Então a questão do exemplo é importante. Até falo pros pais dentro de casa, falo pra quem está nos assistindo que tem um papel. Como eu sou professor, é a questão de ser formador de opinião. Acho que isso é importantíssimo.

O maior risco é a questão de as pessoas acharem que tomando ivermectina, estão liberadas de usar máscara, se sentirem protegidas e aumentarem assim a transmissão do vírus

DIARINHO – As prefeituras começaram a distribuir esta semana a Ivermectina como um medicamento que pode ajudar na prevenção à covid. Muitos médicos se posicionaram a favor,  mas o fato é que não há ainda eficácia científica comprovada. Quais os riscos, além do custo elevado e que pode se revelar inútil?

Raphael: O maior risco é a questão de as pessoas acharem que tomando ivermectina, estão liberadas de usar máscara, se sentirem protegidas e aumentarem assim a transmissão do vírus. Pra mim esse é o maior risco, é a questão da falta de informação. Eu queria deixar claro, na verdade, tanto a hidroxicloroquina quanto a ivermectina, têm alguns estudos que mostram in vitro alguns resultados. Alguns corticosteróides, a questão hospitalar. Mas, de forma ambulatorial e de forma geral na população, nenhum estudo ainda mostrou eficácia. Eu penso que esse recurso gasto na ivermectina, essa energia gasta nessas propostas, pra grande população, termina desviando dinheiro que poderia ser investido na informação, na divulgação da prevenção, na compra de máscaras, na questão de continuar investindo no equipamento do SUS. Ou seja, comprar equipamento, comprar EPI pro profissional de saúde. Tem muitos locais pelo país em que os profissionais estão sem EPIs adequados. Se eu termino pegando dinheiro público, investimento público de saúde, e investindo nessas políticas, eu me preocupo... Uma questão muito minha, talvez a gente tenha um efeito rebote. Um efeito colateral que é a população achar “tô protegida, vou sair”. A ivermectina  não vai ter um efeito colateral. Agora vamos ter que entender o seguinte, isso é uma questão importante, quando a gente fala, até poderia o médico, de repente, prescrever de forma isolada. Isso o código de ética médica permite. A gente chama de off-label. Ou seja, prescrever um medicamento que tem uma função para outra função. Só que aí seria uma questão do médico com o paciente dele, individualmente, controlando aquele paciente. Agora, utilizar essa medicação pra toda população? Eu fico realmente muito preocupado pela ausência de comprovação científica.

DIARINHO  - Com as experiências  internacionais, de países que já superaram a doença, qual a estratégia  mais eficiente no combate à pandemia?

Raphael: Tem algumas discussões importantes. A primeira delas foi na Coreia, a questão da testagem. A Coreia, primeiro caso que surgiu, fez uma grande, grande testagem. Foi uma questão importante. Outros países, como a Dinamarca, fizeram a questão do isolamento. Eles trabalharam forte com o distanciamento social, melhor dizendo, bem forte. Também deu resultado. Alguns países, a gente pode colocar como exemplos negativos, a Suécia, que se mostrou primeiramente completamente refratária a essas políticas de isolamento, e agora ela está pagando o preço. O Reino Unido também demorou a tomar atitude, tanto é que o primeiro-ministro terminou contraindo o corona e terminou sendo hospitalizado em estado mais sério. O Brasil segue a mesma linha dos Estados Unidos e ambos têm mostrado números alarmantes. E o pior de tudo é que está interiorizando essa doença. A gente percebe que os países que fazem testagem, os países que conseguem fazer isolamento têm respostas melhores. A grande discussão: os países que têm condição financeira pra isso, ou que não tem, mas que estão buscando condições de pegar dinheiro público para investir, como eu falei, na população que não tem renda, pra investir no pequeno e microempresário para que eles possam superar a crise em casa, pra que eles possam superar a crise de uma forma a seguir o isolamento social e os cuidados. Não tem como dissociar a questão da epidemiologia, da saúde pública com a questão dessas políticas sociais de transferência de renda. O que pra mim é um grande diferencial para que as pessoas possam realmente se cuidar.

DIARINHO - As aulas presenciais estão suspensas até 3 de agosto. Os colégios têm se organizado para um recomeço no segundo semestre. Sem ter um achatamento na curva e seguindo os aumentos dos casos, o senhor acredita que é o momento da retomada das aulas presenciais?

Raphael: Essa é uma discussão importante. O que nós vamos ter que fazer, na verdade, é ser muito coerentes. Primeiro, tem que ver a curva, a questão epidemiológica, como é que está o crescimento dela. (..) E, segundo, se as escolas vão ter estrutura pra fazer o distanciamento, de um metro e meio entre os alunos. E aí é uma questão de planejar esse retorno com muito cuidado. A questão do distanciamento, a questão de como é que a gente vai ter higienização, evitar aglomeração. (..) Eu acho que as instituições de ensino, tanto básico quanto superior, vão ter que monitorar a epidemiologia da região junto com o governo do estado e municipal pensando as estratégias pra essa retomada.

DIARINHO – A expressão “novo normal” está sendo aventada para o pós-pandemia. Como seria esse novo normal?

Raphael: Eu acho que o novo normal, pra alguns, se a gente parar pra pensar, pra grande parte da população, esse normal já está aí há muito tempo. As populações isoladas, à margem. A gente trabalha numa região que tem uma realidade social um pouco diferente. Mas não tão diferente assim, nós temos um bolsão de exclusão grande em todo o país e a região também não foge disso. Mas a gente pensa no novo normal, e nós vamos realmente ter que repensar. E aí são várias questões. Nós vamos ter que repensar a questão cultural, nós somos um país que tem muito a questão do contato, da afetividade, do toque. Então nós vamos ter que repensar culturalmente o que isso vai repercutir nas nossas relações. Outra questão do novo normal é a  relação de trabalho, como é que vai se dar a partir disso, trabalho remoto, trabalho presencial. Essa questão que vai vir com certeza, a questão da diminuição do dinheiro circulando na economia. Como é que vão se dar essas relações de trabalho e, que repercute como um todo, pensando nesse conceito ampliado de saúde. E pra mim, o ganho desse novo normal, que acho que é o mais importante, é justamente entender que nós temos na Constituição a previsão de um Sistema Único de Saúde. Tem que repensar e voltar a investir no Sistema Único de Saúde. Não dá pra gente pensar, num país, de maneira alguma, ainda mais um país pobre como o nosso, um país com muita desigualdade, e não ter um Sistema Único de Saúde financiado de forma digna. Pra mim, esse é o novo normal... Que as pessoas sejam mais gentis, mais socialmente preocupadas. E esperar que a ciência trabalhe pra achar vacinas para minimizar.  Para voltar à normalidade, ou essa nova normalidade, da forma mais benéfica possível. Que do limão a gente possa fazer a limonada.

 

 




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