A enchente que assolou Itajaí há 10 dias fez se repetir um filme que não traz boas recordações pro porto peixeiro. Além de rebaixar o berço um, que é administrado pela APM Terminals, a cheia do rio Itajaí-açu também fez o canal de acesso aos portos de Itajaí e Navega perderem 3,5 metros de profundidade. O rio, que até o início de setembro tinha 14 metros de profundidade, agora ficou com 10,5 metros por conta da lama e dos entulhos carregados pela correnteza. Por enquanto, isso não causou nenhum perrengue na movimentação de navios, diferente do ocorrido em 2008, quando o terminal quase parou.
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O superintendente do complexo portuário do Itajaí-açu, Antônio Ayres dos Santos Júnior, diz que nenhuma operação foi cancelada por causa do calado de embarcações maiores. A profundidade está parecida ...
O superintendente do complexo portuário do Itajaí-açu, Antônio Ayres dos Santos Júnior, diz que nenhuma operação foi cancelada por causa do calado de embarcações maiores. A profundidade está parecida com a que tínhamos antes do trabalho de dragagem realizado este ano, por isso não houve alteração nas manobras, já que essa era a profundidade que trabalhávamos antes, destaca, lembrando que em 2008 o canal chegou a apenas sete metros.
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Ayres afirma que com o trabalho da draga Kaishuu, de Luxemburgo, que chegou sexta-feira, no prazo de seis a oito semanas a profundidade do canal deve voltar a 14 metros. Ontem, a embarcação trampava perto da boca do rio e os materiais que mais saíam das águas eram areia e barro. Segundo Ayres, o problema da fundura do canal não representará prejuízos pro terminal, pois dessa vez as operações vão seguir rolando normalmente. Por enquanto, não houve perda nos carregamentos de contêineres, mas existe a possibilidade de uma pequena perda nesse sentido, o que ainda não é possível afirmar, revela.
Berço segue zoado
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O chefão do terminal disse que estudos estão sendo feitos e, no máximo em oito dias, eles deverão saber se o berço quatro terá condições de operar na sua capacidade total, pra assim suprir a falta do berço um, que tá zoado por causa da enchente. Queremos avaliar se será possível colocar os guindastes e operar com a capacidade total, aponta.
O gerente da praticagem no complexo portuário do Itajaí-açu, Daniel Poffo, diz que as manobras estão sendo feitas com algumas restrições, por conta da diferença de profundidade do rio. Mas, Daniel garante: nenhum navio deixou de fazer manobras, pois elas são realizadas com a maré enchendo pra não haver riscos. Os horários são ajustados, afirma.
Em relação ao berço de atracação um, a APM Terminals disse em nota que o projeto de reconstrução está sendo analisado por engenheiros da empresa. Só após esse trampo será possível dar informações detalhadas sobre o cronograma de obras no local.