Itajaí

Greve de fome toma conta do cadeião do Balneário

Carta entregue ao DIARINHO diz que eles também não vão aceitar nenhum atendimento até que sejam mais bem tratados

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Publicado 28/09/2011 15:00

A coisa ficou feia no presídio Regional do Balneário na manhã de hoje. Desde cedo, os presos do cadeião da rua Inglaterra anunciaram uma greve de fome. Cerca de 170 internos da ala interna masculina recusaram o café da manhã e o almoço.

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De acordo com o diretor do presídio, Leandro Kruel, os detentos reivindicam direitos básicos, como atendimento médico e visitas, mas ele garante que nada disso tá faltando a eles. O que eles tão querendo é o normal que já tem. Médico, dentista, visita e audiência. O sistema penal tá funcionando, garante.

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Uma carta anônima que chegou até o DIARINHO desmente o diretor. Eles pedem acompanhamento nos processos, atendimentos pra doenças mais graves e ainda apóiam presos de outras cadeias que, de acordo com eles, tão sofrendo agressões físicas.

Confira um trecho da carta aberta enviada pelos detentos ao DIARINHO:

Viemos respeitosamente, através desta missiva dizer e reivindicar os seguintes assuntos:

1 Está havendo agressões físicas nos presídios de Canhanduba, Blumenau, Tijucas e UPA de Itapema, justamente neste último citado houve um reeducando que foi alvejado no queixo, por um disparo com munição de borracha, visto que o reeducando encontrava-se dentro de sua cela. O disparo foi do agente chefe de disciplina, senhor Alan.

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2 No presídio de Blumenau houve incidente semelhante, só que o detalhe ocorreu com munição verdadeira, visto que os reeducandos estavam reivindicando apenas os seus direitos, baseados no art. 41 inciso VII, da LEP; que constitui-se o direito a assistência material, a saúde, jurídica, educacional, social e religiosa.

3 Nesta casa prisional de Balneário Camboriú, ocorre os seguintes fatos:

A) O descaso desta nova administração, nos direitos e informações sobre nossos processos e até mesmo com os benefícios ultrapassados, bem aquém de seu tempo limite.

B) Com a falta de assistência médica/hospitalar e internação de casos extremos, que exigem cuidados especializados nos casos de tuberculose (TBC), pneumonia e HIV, visto que nos últimos seis meses ocorreram cinco óbitos de reeducandos, pelos motivos acima alencados.

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A carta completa vai estar na edição de amanhã do DIARINHO.