Itajaí

Versão da família é que foi um acidente

A família de Dealberto Jorge Silva acredita num acidente como causa da morte do engenheiro catarinense no México. Com base em informações que afirmam ter vindo da polícia daquele país, os parentes disseram que Dealberto caiu de uma altura de dez metros do prédio onde acontecia uma festa eletrônica. Com isso, descartam a possibilidade de que ele tivesse sido sequestrado e depois morto, como levava a crer um áudio feito pelo engenheiro um dia antes de sua morte. O irmão de Dealberto, Fernando Silva, o Felfa, que estava desaparecido, já foi localizado e fez contato com a família ainda ontem. Os parentes garantem que ele passa bem, apesar de estar em “estado de choque”.

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Os dois irmãos deixaram Jaraguá do Sul, norte do estado, no dia 2 de janeiro. Pegaram um avião na grande Curitiba e iniciaram a viagem com destino à Cancun, onde iriam festejar o casamento de um ...

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Os dois irmãos deixaram Jaraguá do Sul, norte do estado, no dia 2 de janeiro. Pegaram um avião na grande Curitiba e iniciaram a viagem com destino à Cancun, onde iriam festejar o casamento de um casal de amigos. Também queriam participar do festival de música eletrônica Beats Per Minute (BPM), que começou em 8 de janeiro, na Praia de Carmem, distante pouco mais de 70 quilômetros de Cancun. Depois do festival, nenhum dos dois entrou em contato com a família e um áudio que circulou pelo aplicativo whatsapp deixou parentes e amigos desesperados. Na gravação, Dealberto disse que estava para ser sequestrado por uma russa (veja a íntegra da mensagem na página anterior), e, com medo, pedia que os amigos avisassem a polícia e a imigração. A situação piorou quando a família recebeu a informação de que um dos dois irmãos havia morrido e outro estava desaparecido.

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A partir daí, houve um desencontro de informações, o que aumentou ainda mais a angústia de pais, primos, tios e amigos. A primeira notícia do ministério das Relações Exteriores dava conta que era o irmão mais novo quem havia morrido, o que foi desmentido mais tarde pelo Itamaraty, que confirmou a morte de Dealberto e o desaparecimento de Fernando.

Depois disso, passou-se a especular os motivos da morte. Enquanto um jornal mexicano trazia a versão de um acidente, jornais no Brasil especulavam um possível sequestro e homicídio, relacionando o áudio gravado por Dealberto com sua morte.

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A confirmação final da causa da morte só foi divulgada pela família no final da tarde de ontem. Um dos primos de Dealberto e Felfa, que pediu para ser identificado apenas como Juliano, disse que a família acredita apenas na versão que teria sido dada pela polícia mexicana, com quem tem contato direto, e que todo o resto não passa de boatos. “Ele caiu de uma altura de dez metros e isso foi um acidente. Ninguém sabe o que causou isso e de que forma isso aconteceu. Encontraram ele caído e isso é o fato, o resto é lenda”, afirmou Juliano.

Segundo o primo, a gravação do áudio em que Dealberto se disse perseguido aconteceu ainda na sexta-feira, mais de 24 horas antes da morte. Ele não soube explicar o motivo do áudio e espera uma resposta da polícia mexicana quanto à gravação. O primo também confirmou que Fernando já foi encontrado, mas não soube informar a localização dele, já que as informações repassadas por Fernando são truncadas. Ele disse apenas que o jovem fez o último contato às 12h de ontem.

A família também já começou a tratar dos detalhes burocráticos para trazer o corpo de Dealberto para o Brasil, mas ainda não há previsão para que esse processo seja concluído.

Portões fechados

A casa de número 70 da rua 29 de outubro, no centro de Jaraguá do Sul, passou toda a tarde de ontem com os portões fechados. Amigos e familiares, assim como repórteres, não paravam de chegar ao endereço para saber mais informações sobre os dois rapazes.

Na garagem da residência, um grupo de amigos conversava entre si e, de vez em quanto, parava para atender ou fazer alguma ligação em busca de novidades.

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Os poucos parentes que topavam falar com a imprensa, diziam saber poucos detalhes a respeito dos dois. Uma prima, que se identificou apenas como Vilma, disse que sabia apenas o que estava sendo veiculado na imprensa. Ela disse que a família ainda está muito abalada e apreensiva. “É triste, né. Imagina, eles saem pra uma festa, pra um casamento. Eram pessoas batalhadoras, todos os dois, são pessoas muito queridas”, desabafou.

O clima de apreensão também tomou conta de conhecidos de Dealberto e Felfa aqui na região. Os garotos moravam em Jaraguá mas estavam sempre em Balneário Camboriú, onde tinham apartamento e uma legião de amigos.

O DIARINHO conseguiu contato com uma das colegas dos rapazes que esteve no mesmo casamento. Ainda muito abalada com tudo que aconteceu, ela pediu que sua identidade fosse preservada para que falasse. Porém, seu namorado a impediu de dar entrevista e ela desligou o telefone.

Irmãos e sócios

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Segundo a família, os dois irmãos eram muito próximos. Um dos amigos, que pediu para não ser identificado, os descreveu como “um sendo o pilar do outro”. Os dois também eram proprietários de uma empresa que leva suas iniciais, a DF Energia, que atua no desenvolvimento e implantação de centrais geradoras e pequenas hidrelétricas. Na tarde de ontem, a reportagem foi até o escritório da empresa, na rua Tufie Mahfud, no centro de Jaraguá do Sul, mas a empresa estava fechada.

Tanto Felfa quanto Dealberto eram solteiros. O primeiro era formado em administração e o segundo em engenharia. Um dos conhecidos da família, que também pediu para não ser identificado, os descreveu como “filhos exemplares”.

Superdroga vinda da Europa

Um familiar dos irmãos de Jaraguá confirmou ontem à noitinha o que os amigos já vinham revelando pelas redes sociais: Luiz Fernando, o Felfa ou Felfinha, foi encontrado. O rastreamento das ligações que fez para a casa dos pais, no Brasil, levaram detetives contratados pela família até o paradeiro dele, num hotel.

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O rapaz, conforme havia sido dito por conhecidos pelas redes sociais, estava desorientado. Não estaria falando coisa com coisa e teria dito, até mesmo, que iria tomar banho e ficar arrumado para ir ao próprio enterro e ao do irmão.

Pessoas diferentes, que afirmavam ser conhecidos dos irmãos Silva, insinuaram que eles estariam sob o efeito de drogas. Pior, pirados por conta de uma super porcaria. “Ou o Felfinha tá surtado, por tudo o que aconteceu, porque ele não tá falando coisa com coisa no telefone, ou ele tomou uma parada muito forte lá... tipo... sei lá... tem uma droga aí, uma parada aí da Europa, sei lá, que a pessoa surta uns dois, três dias”, deixou escapar uma garota num áudio pelo Whatsapp.

Um outro rapaz, que afirma ter estado com eles no México, também suspeita que os irmãos estivessem drogados. “No sábado de manhã me ligaram, pedindo ajuda, pra ligar pro Itamaraty e pra polícia, só que achei que eles tavam chapados, né?”, contou, numa conversa em áudio com um conhecido e que também vazou na rede.




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