Tendo em vista a queda de juros prevista no exterior e a Selic estável, mas com possibilidade de alta, o que o investidor precisa é de uma estratégia ajustada ao seu perfil de risco. Vamos ao que interessa: os melhores títulos de renda fixa para compor sua carteira nesse cenário.
Se você tem um perfil conservador, a recomendação é manter uma base forte em pós-fixados, com cerca de 67,5% da carteira. Esses títulos vão proteger bem se a situação piorar e a Selic voltar a subir. Alocar 22,5% em títulos atrelados à inflação é uma boa medida para garantir que você não perca poder de compra, enquanto 10% em prefixados garante que você se beneficie de taxas que estão em níveis historicamente elevados.
Para quem tem um perfil moderado, vale aumentar um pouco o risco, mas sempre com cautela. Recomendamos 40% em títulos atrelados à inflação, que oferecem uma ótima relação risco-retorno no cenário atual, 40% em pós-fixados para manter a proteção e 20% em prefixados. Esses últimos são a grande aposta para capturar o prêmio de juros que o mercado está oferecendo agora, sem exagerar na exposição.
Para o investidor agressivo, o momento é de fazer uma aposta mais forte nos prefixados, alocando 30% da carteira neles. As taxas estão altas, e essa pode ser uma ótima oportunidade antes que comecem a cair. Junto a isso, 45% em títulos atrelados à inflação dará a segurança necessária contra uma possível alta de preços nos próximos anos, enquanto 25% em pós-fixados será suficiente para balancear o risco, caso o cenário se deteriore.
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Ajustando as velas
O nível de risco aumentou, e por isso decidimos reduzir a exposição a ativos prefixados. A recomendação é focar nos vencimentos mais curtos, onde as taxas são atrativas e a precificação diverge do que acreditamos ser o cenário mais provável.
Os títulos atrelados à inflação seguem como os favoritos, mostrando uma combinação única de taxas competitivas e proteção contra uma possível alta da inflação nos próximos anos. A inflação é uma preocupação que não pode ser ignorada. Esses títulos funcionam como uma espécie de “seguro” contra esse risco.
E, claro, mantemos uma presença significativa em pós-fixados. Eles são essenciais para proteger o portfólio em um cenário de deterioração maior, que poderia prejudicar tanto os prefixados quanto os títulos atrelados à inflação.
Para ajustar sua carteira, a sugestão é: prefira a segurança dos pós-fixados, busque boas oportunidades em ativos atrelados à inflação e, se tiver estômago para isso, capture parte das taxas altas que os prefixados estão oferecendo agora, sempre focando nos prazos mais curtos. Em tempos de incertezas, a melhor estratégia é diversificar com cautela e ficar atento ao que vem pela frente. Bons investimentos!
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