Colunas


Histórias que eu conto

Por Homero Malburg -

Homero Bruno Malburg é arquiteto e urbanista

Coisas da moda...


Na revista VEJA está escrito que em 2001 a São Paulo Alpargatas começou a arquitetar uma estratégia para vender as sandálias Havaianas no mercado internacional. No ano passado, enviou seis milhões de pares do simplório chinelinho de borracha para o exterior. Começado a fabricar em 1962, é hoje o objeto do desejo de consumidores de 65 países!

Olhem só. E pensar que naquela época comprávamos nosso primeiro “chinelo de dedo” para o verão. Substituíram então as “congas” e as Alpargatas “Roda”. Mais tarde viraram coqueluche, e embora outros lançamentos procurassem tomar seu espaço, continuaram soberanas. Nos pés de famosos ficaram chiques e nos pés de pobres, a opção mais barata. Lembro-me de dois proprietários de terras em Bombinhas que apareceram em nosso escritório no verão pretendendo lançar um condomínio horizontal. Promovemos um encontro com um empresário daqui que logo diagnosticou: - Não têm bala na agulha... Olha as havaianas deles, de sola já fininha.

E destas epidemias de moda houve aquela da calça de nycron que “senta, levanta e não perde o vinco”. E quem não se recorda dos “óculos do Ronaldo” e dos chapeuzinhos do Nat King Cole? Do perfume Lancaster – argentino - e mais tarde do “Pinho Silvestre”?

A partir de 1960 não era gente quem não tivesse um mosassim “Samello”. No apartamento de estudantes em que morei em Curitiba, corria até de uma “corrente” de sapato Samello e o resultado disso é que todos os tinham iguais.

A camisa de Ban-Lon também marcou época. Normalmente de cor vinho, era item indispensável ao guarda-roupa do jovem dos finais dos anos cinquenta, início dos sessenta. Mais tarde, outro avanço tecnológico: a camisa “Volta ao mundo” que, como sua antecessora, totalmente sintética, não necessitava passar. Era levemente transparente, de mangas compridas, e teve uma sucessora de mangas curtas que ironicamente chamávamos de “Volta ao Município”. Após uso prolongado exalavam um “CC” de levantar os mortos.

E disso me vem à memória uma história contada pelo Arno Mário Schmitt e pela Viveca que, com o devido sotaque, protagonizaram um soldado do batalhão de Blumenau, o cabo Tôli, que com sua Frida aos domingos iam até o Baddenfurt de bicicleta para dançar. Ele, de camisa “Folta al mundo” e ela de sandália “Hafaiana” na garupa de seu Calói....


Comentários:

Deixe um comentário:

Somente usuários cadastrados podem postar comentários.

Para fazer seu cadastro, clique aqui.

Se você já é cadastrado, faça login para comentar.

Leia mais

Histórias que eu conto

Anos de música

Histórias que eu conto

É pra facilitar ou pra complicar?

Histórias que eu conto

Camboriú, de novo

Histórias que eu conto

Camboriú, ainda

Histórias que eu conto

Praia de Camboriú

Histórias que eu conto

Cabeçudas

Histórias que eu conto

Tempos de rádio

Histórias que eu conto

Os natais da infância

Histórias que eu conto

As mulheres de nossa infância

Histórias que eu conto

Questão de tamanho

Histórias que eu conto

Retrato de formatura

Histórias que eu conto

Copas do Mundo

Histórias que eu conto

A infância de duas rodas

Histórias que eu conto

Anos cinquenta: os filmes

Histórias que eu conto

Sábado – agosto de 1959

Histórias que eu conto

Sábado à noite

Histórias que eu conto

As vendas II

Histórias que eu conto

As “vendas”

Histórias que eu conto

Economia e reciclagens

Histórias que eu conto

Desinfecção total



Blogs

Blog do JC

Molhe caindo?

Blog do Ton

CESCON apresenta o empreendimento Cozumel Palace nesta quarta-feira (6) em Itapema

Blog Doutor Multas

Desentupidora SP

Blog da Jackie

Nôvis por aqui

A bordo do esporte

SSL Gold Cup: Hungria é a campeã

Blog da Ale Francoise

Desparasitação natural

Gente & Notícia

10 anos do Music Park BC: Confira a programação especial da casa para a temporada de verão

Blog Clique Diário

Pirâmides Sagradas - Grão Pará SC I

Bastidores

Grupo Risco circula repertório pelo interior do Estado



Entrevistão

Deivide Tomassi

"O Papa quer que as pessoas estejam mais próximas de Cristo”

Diego Lopes Costa

"Mesmo que existam antecedentes criminais, isso não justifica assassinato, agressão e tortura. Você não vai combater um crime com outro crime”

Emerson Pereira

"A inovação promoverá mudança e aumento no faturamento e na capacidade de geração de riqueza”

Gustavo Conti

“Era de madeira, agora é pré-fabricado. Será um prédio muito mais seguro em todos os aspectos”

TV DIARINHO

Moradores filmaram a lixarada que foi deixada na praia por visitantes e cobram a limpeza constante do ...




Especiais

NA ESTRADA COM O DIARINHO

Fazzenda Park Hotel vai do mergulho na natureza ao luxo e conforto de um resort

NA ESTRADA

Cristofori Piano Bar: música, alta gastronomia e ambiente intimista na Brava

superação

Meninas lutam para superar as marcas da Fundação Casa sem apoio do poder público

MEIO AMBIENTE

Queimadas na Amazônia: por que a floresta está queimando

AGÊNCIA PÚBLICA

Presidente de CPI das ONGs tentou licenciar exploração de ouro na Amazônia



Hoje nas bancas


Folheie o jornal aqui ❯








Jornal Diarinho© 2022 - Todos os direitos reservados.
Mantido por Hoje.App Marketing e Inovação