
Diário de Saúde
Por Dr. Carton Murilo - endomed.cml@hotmail.com
Dr. Carton Murilo é médico clínico com pós graduação em terapia intensiva, endocrinologia e medicina do exercício e do esporte.
Obesidade, o que você precisa saber!

Nos tempos em que vivemos, doenças como a obesidade se tornam cada vez mais comuns. Um relatório publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, apontou que 2,3 bilhões de adultos em todo o mundo estão com obesidade ou sobrepeso, além de mais de 150 milhões de crianças.
E o legado da pandemia de Covid-19 para agravar este quadro é muito significativo. Um estudo realizado em agosto de 2021 nos Estados Unidos mostrou que as taxas de obesidade aumentaram entre as crianças do país.
O que é obesidade?
A definição de obesidade feita pela OMS é quando o corpo possui um acúmulo anormal ou excessivo de gordura que apresenta algum tipo de risco à saúde.
Obesidade é doença?
Para quem tem a dúvida se obesidade é doença, OMS afirma que sim. É uma condição crônica e que deve ser controlada e tratada ao longo da vida, para diminuir as complicações e os riscos à saúde do indivíduo.
Quais são os tipos de obesidade?
O principal parâmetro utilizado internacionalmente para mensurar se há gordura exagerada no organismo é o Índice de Massa Corporal (IMC).
A partir dele é feito o cálculo para determinar se a pessoa está dentro da faixa de peso recomendada para sua altura. O IMC divide o peso em quilos da pessoa pela sua altura em centímetros elevada ao quadrado (kg/m²).
Apesar do IMC ter muita relevância, esta medida deve ser analisada com muito cuidado. Afinal, ela não distingue a massa muscular da gordura. Por exemplo, uma pessoa com muitos músculos pode ter um IMC de sobrepeso, mas não quer dizer que ela esteja acima do peso por causa desse cálculo apenas.
• Sobrepeso: é quando o indivíduo se encontra um pouco acima da faixa recomendável no IMC, que é o desejável para manter uma boa saúde.
• Obesidade leve (grau I): uma situação mais moderada, mas pode trazer complicações como hipertensão ou diabetes.
• Obesidade severa (grau II): essa faixa pode levar a um risco mais alto de complicações do metabolismo, como é o caso da hipertensão e da diabetes, além de problemas ósseos e nas articulações.
• Obesidade mórbida (grau III): esse é o ponto mais grave da obesidade, pois deixa a pessoa mais vulnerável ao desenvolvimento de diversas complicações de saúde, podendo até mesmo diminuir o tempo de vida do indivíduo. Neste caso há um acúmulo muito grande de tecido adiposo — a gordura — no corpo.
Qual o panorama da obesidade no Brasil?
A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), traz os dados mais recentes sobre os níveis de obesidade no Brasil.
Entre os anos 2003 e 2019, a população de pessoas obesas acima de 20 anos no País mais que dobrou, pulando de 12,2% para 26,8%. Entre as mulheres, o índice foi de 14,5% para 30,2%, enquanto entre homens a taxa aumentou de 9,6% para 22,8%.
Quando falamos de excesso de peso de pessoas na mesma faixa etária, durante o mesmo período, o número passou de 43,3% para 61,7%. A pesquisa mostrou que, em 2019, 1 a cada 4 pessoas acima de 18 anos estava obesa. O número equivale a 41 milhões de brasileiros.
Quais as consequências da obesidade?
Problemas pulmonares, diabetes, insuficiência cardíaca, hipertensão (pressão alta), doenças cardiovasculares e metabólicas. E, atualmente, sabemos que a obesidade também é considerada um fator de risco em casos de infecção por Covid-19.
Agora que você já conhece mais sobre a obesidade, que tal cuidar do seu corpo com o carinho e o cuidado que ele merece? Acompanhe nosso blog para mais conteúdos sobre saúde!
Aliviar a dor seja a quem for.
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