Muito bem, meus amigos, é chegada a hora de explicar e entendermos o diabetes. Como na edição passada vimos o que é o diabetes, agora vamos às formas mais comuns em nossa população e algumas diferenças entre elas.
Diabetes tipo 1 e tipo 2
Tipo 1: trata-se de um problema autoimune, ou seja, nosso corpo a desenvolve sem uma causa específica. Nesse caso, o sistema imunológico ataca e destrói as células beta do pâncreas, que por sua vez são responsáveis pela produção de insulina no corpo e necessária para um bom funcionamento do organismo.
Estando a insulina insuficiente, o corpo não consegue regular os níveis de açúcar no sangue causado por problemas genéticos e ou ambientais. Geralmente descobre-se na infância e adolescência, quando a criança passa mal e acaba sendo levada ao hospital, ou porque começa a perder peso sem causa conhecida. Além da sede e urina em excesso, esse tipo de diabetes requer um cuidado bem intenso e diário, pois o tratamento se baseia-se no uso de insulina apenas, não sendo indicado medicamentos via oral, pois não surtem efeito nos diabéticos do tipo 1. Tanto o tipo 1 como o 2 precisam de cuidados específicos, porém o tipo 1 se torna mais grave se houver descontrole.
Tipo 2: Este tipo, por sua vez, se caracteriza por níveis altos de glicose no sangue, conhecido como hiperglicemia. Diferente do tipo 1, que apresenta um problema na produção de insulina, o tipo 2 tem o padrão de insulina normal em um princípio, mas com o passar dos anos e descuido a glicose no sangue sempre alta acaba por criar uma sobrecarga na produção de insulina, o que chamamos de resistência à insulina. Os fatores de risco principais para esse grupo de pacientes são a obesidade, sedentarismo e maus hábitos em geral, que fazem parte da minha briga do bem eterna com os pacientes. Vale a pena dizer que, dentro do tipo 2, ainda temos uma entidade à parte em algumas gestantes, que é o diabetes gestacional, com cuidados e tratamentos específicos para o período gestacional.
O que tem que ficar claro para todos nós é que cada caso é um caso específico, tanto os tipos 1 e 2 e ou gestacional, e os cuidados são bem similares. Já os tratamentos são bem distintos, o que veremos no próximo capítulo da nossa trilogia. É preciso ficar sempre atento a esses sintomas: sede, fadiga e visão turva, que são parecidos em todos os pacientes e inclusive no pré-diabetes. Espero vocês na próxima edição para sabermos sobre prevenção e tratamento. Um abraço resistente e açucarado a todos vocês.
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