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Histórias que eu conto

Histórias que eu conto

Por Homero Malburg -

Homero Bruno Malburg é arquiteto e urbanista

Tempo de festas II


Em 14 de outubro de 1956, minha bisavó, Elisabeth Malburg que todos nós chamávamos carinhosamente de “Omama”, fez oitenta anos. Minha mãe foi logo nos avisando que aquele ano, a festa seria diferente. Pela data especial seria comemorada com um almoço no Guarani. Nós, menores, ficamos decepcionados. A começar pelo espaço confinado que o salão nos dava. Não houve nem a tradicional canja de galinha e sim um tal de “creme-de-aspargos”que nós não achamos lá estas coisas. Explica-se nossa “frustação. Todos os anos, o aniversário da Omama era um acontecimento. Iniciava com o tradicional café da tarde, estendia-se com o jantar e terminava tarde da noite, com todos nós exaustos. Reunia-se na casa da praça Vidal Ramos, onde hoje está o Banco Real (atual obra da Lotisa), toda a família. Avós, tios-avós, primos. Afinal, a Omama tivera doze filhos, sete homens e cinco mulheres o que dá ideia do tamanho da festa. Podíamos brincar pela casa, explorar o porão e correr à vontade pela praça. Ela faleceu uma semana antes de seus noventa anos e até pouco antes, nos proporcionou aquelas festas memoráveis.

 

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Por esta época, pouco se falava em festas em clubes. A grande maioria realizava-se em casa. Nos casamentos, quando era grande o número de convidados, montavam-se barracas de lona nos quintais, mesas enormes sobre cavaletes e bancos corridos. Todo sentavam e a comida era servida. Ao acabarem levantava-se para dar lugar a turma seguinte e a mesa era novamente servida até todos comerem. A decoração era bem simples. Palmiteiras e arcos de bambus, colaboravam para o ar festivo. A família trabalhava duro preparando a festa. Matavam-se as galinhas, os perus e os porcos, preparavam-se os recheios das aves, ensopavam-se muitas línguas, assavam-se carnes no forno e temperavam-se os filés duplos que iam para grelha na hora do jantar. Maionese, arroz, batata, farofa, empadões, saladas e de sobremesa, deliciosos pudins e gelatinas. Muita gasosa, muita cerveja e vinho.

Lembro-me dos casamentos de primas, na casas do tio Antonio e do tio Victor Dutra, e na casa do rio Corbetta. Nestes casamentos, alguns tiveram a cerimônia religiosa realizada em casa. Isto porque os noivos não eram católicos e o padre não permitiu que se realizassem na igreja.

Não me lembro de ter isso muitos outros casamentos. Decerto não se convidavam crianças na maioria deles. Todavia os poucos que fui ficaram marcados na memória.

Tivemos um casamento na nossa casa. Tia Bernadete que morava conosco, casou com Hilário Fuck e inovaram o esquema tradicional: um coquetel às dez da manha. Eu, em 1954 com oito anos, não vi a menor graça nisso. Felizmente a família foi ficando e a festa acabou só a noite.

Nestas ocasiões, nossos pais ficavam de olho em “nossos modos” mas na adoscelência, nosso apetite era insaciável. Comíamos de tudo e parecia não “termos fundo”. Uma das história de que me lembro, foi a de uma festa de casamento na casa da família Freitas. Convidados, João Carlos de Figueiredo, Salomão Figlarz e Paulo Vaz, amigos inseparáveis de treze, catorze anos, instalaram-se na cabeceira de uma mesa exatamente onde, chegava a comida. Depois da festa diziam com orgulho que lá permaneceram comendo ininterruptamente por três “mesadas”!


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