Santa Catarina deu um grande salto em competitividade, inovação e qualidade dos serviços públicos em 10 anos. É o que atesta o Ranking de Competitividade dos Estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria, num primeiro momento com a Economist Intelligence Unit, e agora com a Tendências Consultoria. De sétimo lugar em 2011, chegamos à segunda posição em 2017 e mantivemos esta colocação desde então. Em uma década, ultrapassamos Minas Gerais, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná. Tenho muita alegria de ter dado a minha contribuição para este importante avanço ao liderar uma equipe talentosa à frente da Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável do Estado.

Em 2011, quando assumi a pasta, soubemos que o CLP preparava os estudos de competitividade. Procuramos a organização para estudar com profundidade cada um dos itens que compõem o ranking. Na gestão pública, é fundamental criar metas e estabelecer métricas para nortear políticas de desenvolvimento. Utilizamos os parâmetros do estudo para orientar algumas das nossas ações na secretaria.

De pronto, percebemos que o ranking era composto de indicadores valiosos para orientar gestores. Além disso, ao ser divulgado e repercutido em todo o mundo, ele auxilia grandes grupos econômicos mundiais, no mesmo nível da BMW, a definir os locais onde vão aportar seus investimentos, criando um círculo virtuoso para quem administra com método e eficiência os recursos públicos.

Na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, planejamos detalhadamente uma série de ações sob o guarda-chuva de programas “SC@2022”, com foco na inovação, sustentabilidade e na nova economia. A atração da BMW, o Programa Catarinense de Inovação e o fomento ao empreendedorismo foram algumas das conquistas que prepararam o terreno e ajudam a explicar o rápido avanço de Santa Catarina na comparação com outros importantes estados da federação.

O contato com o CLP abriu caminho para um projeto-piloto inédito, unindo a iniciativa privada e prefeituras na promoção da cultura do planejamento e da administração focada em resultados. Entendo que este é o caminho certo para que o setor público consiga priorizar a agenda das pessoas. O nosso papel no Governo do Estado foi de articulador. O piloto, batizado de “Gestão Municipal para a Nova Economia”, contou com a participação dos Municípios de Araquari, Garuva, São Francisco do Sul, Jaraguá do Sul, Gravatal, Santa Amaro da Imperatriz e Itajaí. O “Gestão Municipal para a Nova Economia” deixou, como legado, um novo paradigma de gestão pública com foco na eficiência e em resultados.

Os programas do SC@2022 e o projeto-piloto “Gestão Municipal para a Nova Economia” contribuíram para a nossa evolução no Ranking de Competitividade. Mas, passados 10 anos, um alerta se acende. É urgente que o Estado apresente aos catarinenses o que fará no médio e longo prazo para que Santa Catarina continue entre os líderes de competitividade. Não devemos descuidar das ações que nos trouxeram até aqui, mas é fundamental elaborar e incorporar novas políticas públicas e uma visão de futuro que reforcem o modelo bem-sucedido de desenvolvimento catarinense. O formato do InovAmfri, de desenvolvimento regional com a definição das prioridades pelas regiões, é um ótimo caminho.

Temos de cultivar uma ambição saudável, almejando sempre a liderança. É hora de ampliar esse esforço. E perseguir, com obstinação, o primeiro lugar neste e em todos os rankings que reflitam o progresso e a qualidade de vida das pessoas. O lugar de Santa Catarina é no pódio da competitividade e da inovação.