Na última terça-feira, dia 8, comemorou-se o “Dia Internacional da Mulher” que traz em seu cerne a importância da luta da mulher por melhores condições de trabalho e evoluiu na busca dos direitos iguais. Portanto, é um dia de luta pela igualdade.
A comemoração do Dia Internacional da Mulher tem sua origem em Nova York (USA) em 26 de fevereiro de 1909 com a passeata de mais de 15 mil mulheres que buscavam melhoria nas condições de trabalho, as quais eram precárias, deficitárias e exploradoras.
No ano seguinte (1910), durante a Segunda Conferência Internacional da Mulher, realizada em Copenhague – Dinamarca, foi sugerido uma agenda de ações em benefício das mulheres. E ano seguinte diversas manifestações foram sendo realizadas em diferentes países com os mesmos propósitos.
Há um equívoco ao se dar o crédito do dia 8 de março devido a um incêndio ocorrido em 1911 na fábrica de tecidos Triangle Shirtwaist que ceifou a vida de muitas mulheres, porém, o episódio ocorreu no dia 25 de março daquele ano. Fato semelhante teria ocorrido, em Nova York no ano de 1857 quando de um incêndio criminoso, fato não comprovado e mesmo a data da ocorrência.
As manifestações continuaram e em 8 de março de 1917, uma nova manifestação de mulheres saiu em protesto contra a fome extrema e pedindo o fim da Primeira Guerra Mundial. O movimento foi dissipado com grande violência, dando início ao que conhecemos hoje como Revolução Russa.
A data é de suma importância no mundo inteiro. Mas, a realidade das diferenças e desigualdades que assola a vida das mulheres é tão real e vital que o ONU traz nos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Agenda 2030) o Objetivo 5 – Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas, o qual trata da discriminação, a violência, casamentos nocivos, igualdade de oportunidade e demais formas de violência contra as mulheres e meninas.
As mulheres devem celebrar as conquistas como o direito de votar e serem votadas, jornada de trabalho mais justa, licença maternidade, serem independentes e ocuparem cargos que até então eram exercidos exclusivamente por homens, reflexo do machismo e da misoginia (aversão às mulheres) que ainda se faz presente em diversas e diferentes situações, regiões e comportamentos.
As conquistas foram amplas, porém há de continuar os trabalhos na busca de melhorias da igualdade salarial, redução significativa da violência contra a mulher e meninas (feminicídio), maior apoio aos esportes femininos dentre outros.
No “Dia Internacional da Mulher”, o Presidente sancionou a concessão do “Benefício Composição Gestante” a fim de aumentar a proteção à mãe e ao bebê durante a gestação, fase essencial para o desenvolvimento da criança.
O CNJ - Conselho Nacional de Justiça inaugurou a Ouvidoria Nacional da Mulher a fim de receber e encaminhar denúncias e reclamações, dar informações sobre procedimentos judiciais e orientações às mulheres vítimas de violência.
E o Banco do Brasil e Caixa Econômica publicaram um conjunto de medidas de apoio ao empreendedorismo feminino com taxas diferenciadas e soluções financeiras mais atrativas.
O “Dia Internacional da Mulher” é um dia especialmente dedicado para se ouvir as mulheres e refletir quanto as dificuldades enfrentadas por milhões quanto aos direitos básicos e a vida.
Parabéns a você mulher e que possa ter muito mais a comemorar.