As grandes potências ocidentais tentam isolar e ameaçar retaliações com a Rússia, caso a invasão aconteça, inclusive, com forte pressão da OTAM, que já enviou material bélico para que o povo ucraniano possa se defender.
Mas Jair Bolsonaro insiste nesta visita desnecessária e em momento inoportuno, indo totalmente na contramão do mundo.
O Brasil é reconhecidamente um país pacífico e respeitador de regras internacionais. Com esta visita, o presidente demonstra não se importar com a guerra, que pode ser deflagrada e com a possível morte de milhares de pessoas, ficando, assim, mal visto perante a comunidade europeia, além dos EUA.
Sua missão na Rússia não será para falar de paz, até porque o Brasil não é porta-voz das tratativas diplomáticas que estão em andamento para conter este conflito. É apenas uma visita cordial para consolidar parcerias econômicas que poderia ser realizada futuramente, já que inexiste qualquer rompimento das relações comerciais entre Brasil e Rússia.
As consequências, em razão dessa visita do presidente, é drástica para o ponto de vista da diplomacia brasileira, independente de que a guerra venha ou não ocorrer, pois o recado do Bolsonaro já estará dado.
Desde o início do governo, Bolsonaro, ele tem sinalizado suas parcerias e visitas como uma questão pessoal ideológica e não como diplomacia de Estado. Assim sendo, o Brasil vai se distanciando de várias potências mundiais e se aproximando de outras, dependendo do gosto do presidente, o que é plenamente equivocado. Bolsonaro não comanda o país como se fosse uma Pátria de todos, com relações amistosas e diplomáticas com várias ideologias mundiais, mas, sim, como se fosse sua própria casa, recebendo quem ele bem deseja e visitando pessoas que lhe convém.
Pior é que diz ser Putim um conservador como ele, mas esquece que aquele apoia Maduro, de quem este tem tanta ojeriza.
Já para Putim, a visita de Bolsonaro é positiva, uma maneira de dizer ao mundo que mantém apoio do maior país da América Latina, ou, pelo menos, este não se incomoda com a possível movimentação de guerra que faz na fronteira da Ucrânia.
Bolsonaro nunca será um estadista, longe disso. É um político amador, egoístico e arrogante.
E o Brasil afundando.