E o que se vê é um país sem comando, o povo desorientado e imbecilizado. Infelizmente, a morte já estava se tornando uma banalidade em razão da violência urbana, mas agora piorou.
Pessoas que se pensava serem inteligentes, de bem, não se previnem mais. Estão saindo, festando, se aglomerando, se infectando, transmitindo o vírus e matando outras, como se a vida fosse uma brincadeira de matar ou morrer. Gestores públicos, pelo simples fato de dispor as vacinas, acham que já cumpriram sua parte na missão de cuidados da saúde das pessoas. Nada mais fazem.
As campanhas de prevenção sumiram. A fiscalização para conter aglomeração inexiste e exigir o cumprimento de normas já estabelecidas, inclusive para o uso de máscara, ficaram apenas no papel.
Para piorar, o próprio Ministro da Saúde, pessoa que já comprovou sua incapacidade para o cargo que exerce, afirma que o pico da infecção da nova variante ômicron ainda vai chegar. Mas, pra variar, como é pau mandado do Presidente negacionista, nada faz para conter essa tragédia anunciada, até mesmo porque o maior culpado por tantas mortes no Brasil é a incompetência e irresponsabilidade do Governo Federal. As pessoas estão anestesiadas. Não mais se vê preocupação alguma em pegar ou transmitir a doença.
Em outros países, se a quantidade de morte diária chega a 100, já é motivo para medidas restritivas e um alerta geral. Já no Brasil, conhecido por um lado como o país de festas, alegria e tolerância, e de outro pela violência, desigualdade, corrupção e impunidade, agora tem mais um ingrediente negativo: o País da insensatez, da insensibilidade, da falta de compaixão. Triste Brasil que enterra seus mortos por uma doença que poderia ser evitada e, no outro dia, continua com a mesma atitude omissa em achar que está tudo dentro da normalidade.