Instituto Ion | Informando e Inovando
Por Instituto Ion -
Acabar com a pobreza e a Agenda 2030
Olá, caro leitor, nesta semana, a coluna “Informando e Inovando”, trará informações sobre a pobreza, tema prioritário da Organização das Nações Unidas para o alcance do desenvolvimento sustentável.
Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares é o objetivo de número um (1) da Agenda 2030 e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: ODS 1 – Erradicação da Pobreza.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – (IBGE), em 2020, o Brasil teve quase 52 milhões de pessoas na pobreza e 13 milhões na extrema pobreza, e a situação não se agravou em razão do pagamento do Auxílio Emergencial que beneficiou 67,9 milhões de brasileiros.
É necessário girar a economia para a geração de novos postos de trabalho e renda, a atração de novos investimentos e romper com a cultura da dependência econômica, oferecendo oportunidades iguais, salários dignos e uma melhor qualidade de vida para a população.
Com o declínio da economia e o desemprego crescente o Governo Federal ampliou o limite da renda para pagamento do Bolsa Família, considerando extrema pobreza as famílias com renda per capita de até R$ 100 e pobreza aquelas com renda per capita até R$ 200. Embora seja fundamental a política pública para mitigar a desigualdade social que divide o Brasil, será que a iniciativa isolada é sustentável? ” Ruim com ela, mas muito pior sem ela”.
Investidores produzindo cada vez mais por menos, acarretando o uso da mão de obra barata e a redução do número de vagas de trabalho. Com maior desemprego cresce a demanda por serviços sociais onerando sobremaneira o Estado.
Portanto, para romper com o ciclo vicioso da economia de transferência de renda será necessário inovar e pensar em soluções sustentáveis, alavancando o crescimento econômico e se estagne a ampliação da pobreza.
Queremos chamar a atenção ao achatamento da renda da classe média. O percentual de pobreza nas classes D e E cresceu de 48,7% para 51% entre as pessoas que possuem renda mensal de até R$ 2,8 mil, e de 32,6% para 32,8% na classe C entre as pessoas que recebem até R$ 6,8 mil ao mês. Isso não foi observado entre a classe B com renda mensal de até R$ 21,3 mil e na classe A com renda superior a 21,3mil, o que justifica a afirmação do IBGE que 1% da população mais rica no Brasil ganha 35 vezes mais que os pobres ampliando sobremaneira a desigualdade social em nosso país.
Neste sentido, será necessário o esforço integrado entre os múltiplos atores para que as metas do ODS 1 sejam alcançadas, entre elas: a erradicação da extrema pobreza e a redução da pobreza pela metade, assegurar um sistema de proteção social e acesso a serviços básicos de saúde, educação, trabalho e infraestrutura; mitigar a exposição dos mais pobres a eventos extremos do clima e desastres naturais, dentre outros.
Aí vão algumas dicas de como você poderá contribuir com o ODS 1 – Erradicação da Pobreza: capacitar profissionalmente as pessoas vulneráveis e incluí-las no mercado de trabalho; ser um voluntário social e participar de projetos e campanhas de doação; envolver as Universidades em ações locais de desenvolvimento; estimular o empreendedorismo; fomentar negócios sociais (economia solidária, circular e inclusiva); buscar parcerias para o desenvolvimento do município e disponibilizar serviços financeiros acessíveis em especial o microcrédito, comprar do comércio local, dentre outras.
Esperamos ter despertado em você uma maior reflexão e como estes números podem impactar no desenvolvimento econômico sustentável, as nossas vidas e a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva, próspera e pacífica para todas e todos.
Na próxima edição sobre desenvolvimento sustentável falaremos do ODS 2- Fome Zero. Um abraço a todos e até lá!