Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e parte do Mato Grosso
do Sul já contabilizam prejuízos com a falta de chuvas e recorrem ao governo federal em busca de apoio na renegociação de dívidas e agilidade no pagamento do seguro agrícola para os produtores rurais. Nesta segunda-feira, 3,
os secretários da Agricultura
dos quatro estados participaram de reunião virtual com o secretário de Política Agrícola
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Guilherme Soria Bastos Filho, para apresentar os cenários e
as demandas. “Nossa principal solicitação para o Ministério da Agricultura é a criação de um crédito emergencial para aqueles produtores que perderam sua fonte de renda”, informou o secretário
da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina, Altair Silva.
Na esfera estadual, as ações estão voltadas à agilização dos decretos de emergência dos municípios e também à elaboração dos laudos para liberação do Proagro. Quebra nas safras - Em Santa Catarina, as regiões Extremo Oeste, Oeste e Meio-Oeste são
as mais afetadas. A principal preocupação do setor produtivo é a quebra na safra de milho - tanto milho grão quanto silagem - que deve impactar diretamente as cadeias produtivas de carne e leite. O secretário Altair Silva explica que no Extremo Oeste a colheita de milho deve ter uma redução de até 50%, e a expectativa de safra estadual já está sendo reduzida. Nós esperávamos uma safra voltando à normalidade, com 2,7 milhões de toneladas colhidas, mas já estamos revendo esses números e talvez nossa colheita não passe de 1,9 milhão de toneladas. O
que atinge diretamente o setor produtivo de carnes e leite, sem contar o prejuízo dos produtores de grãos”.
Decretos - Até a primeira semana do ano, o Estado contabilizava
67 municípios com decretos de emergência publicados ou em
vias de publicação e 1.500 famílias rurais que perderam sua fonte
de renda devido à estiagem, principalmente produtores de grãos e silagem.
Nos outros estados do Sul, a situação é semelhante. Segundo
o secretário da Agricultura
e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, os prejuízos calculados são bilionários, principalmente nos cultivos
de soja, milho e feijão. “Nós trabalhávamos com uma colheita de 21 milhões de toneladas de soja, hoje já reduzimos a expectativa para 13 milhões de toneladas e esse quadro tende a ter uma evolução para pior”. No milho, o cenário é ainda mais preocupante. O Estado pretendia colher 4,2 milhões de toneladas e reduziu a estimativa para 2,4 milhões de toneladas.
São 144 municípios paranaenses com decretos ou sinalizando fazer decretos de emergência. No Rio Grande do Sul, são 110 municípios afetados.
SC tem saldo positivo na abertura de empresas
Santa Catarina registrou
um saldo de 132.308 novos negócios no acumulado do
ano até novembro, segundo
o Observatório da Junta Comercial de Santa Catarina (Jucesc), vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável.
Nos primeiros 11 meses de 2021, 193.966 empresas foram constituídas e 61.658 foram extintas no Estado. Em 2020, houve saldo de 109.019 novos empreendimentos.
Os dez primeiros municípios catarinenses com um
saldo maior de empresas constituídas em 2021 são: Florianópolis, Joinville, Blumenau, Itajaí, São José, Palhoça, Balneário Camboriú, Chapecó, Jaraguá do Sul e Criciúma.
Quando analisado o saldo no período de janeiro a novembro de 2021 por ramo de atuação, o comércio lidera com 29.117 novos negócios. Em seguida aparecem indústria de transformação, construção, atividades profissionais, científicas e técnicas; outras atividades de serviços; atividades administrativas e serviços complementares, alojamento e alimentação, transporte, armazenagem e correio; educação; informação e comunicação, entre outras na sequência.
De acordo com o presidente da Jucesc, Gilson Lucas Bugs, a agilidade para a constituição de uma empresa foi um dos motivos que influenciou
no bom resultado de 2021. “Graças ao processo 100% digital, é possível abrir um novo negócio em apenas alguns cliques”. Atualmente, Santa Catarina conta com mais de 1 milhão de empresas ativas e figura entre os estados com as juntas comerciais mais rápidas do Brasil.
Vendas de Natal crescem 5,5% revela levantamento da FCDL
As vendas no comércio referente ao Natal 2021 apresentaram crescimento de 5,57%, na média estadual em relação ao ano anterior, segundo levantamento realizado pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC). Os produtos mais procurados para a grande data do varejo foram roupas e calçados, brinquedos e eletroeletrônicos. O tíquete médio ficou em R$ 198,00. Mesmo pouco abaixo das expectativas, o avanço foi considerado satisfatório pela Federação, tendo em vista o aumento da inflação e um ambiente macroeconômico marcado por incertezas. Na avaliação do presidente da FCDL/ SC, Ivan Roberto Tauffer, as vendas foram um bom momento para os lojistas recuperarem as perdas decorrentes do cenário econômico e da crise sanitária, que ainda representam desafios. “Houve a necessidade de se buscar alternativas e usar muita criatividade para superar este ambiente”, assinalou.
Fiesc comemora proibição de reajuste no preço do gás natural
Em decisão liminar, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) determinou que o preço do gás natural comercializado no Estado permaneça inalterado até o mês de abril de 2022. A medida foi comemorada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), pois traz alívio para a indústria catarinense, que responde pelo consumo de 84% do insumo em Santa Catarina. De acordo com o presidente da Câmara de Assuntos de Energia da Federação, Otmar Müller, a aplicação do reajuste, estimado em 43 % a partir do dia 1° de janeiro, significaria um elevado aumento de custos, afetando a competitividade das empresas, principalmente dos segmentos de consumo intensivo de gás, como, por exemplo, o cerâmico e o de vidro. “Só em 2021, o gás natural destinado à indústria acumulou alta de 82%”, lembra ele. O TJ-SC atendeu ao pedido liminar feito pela Procuradoria- Geral do Estado, que considerou fundamental evitar um imediato impacto econômico em diversos segmentos sociais - desde as famílias até as grandes indústrias.
Alesc doa R$ 362 milhões ao Governo do Estado

Ao fazer o balanço da atividade parlamentar no ano de 2021,
o presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, deputado Mauro de Nadal (MDB), anunciou a doação ao governo do Estado de R$ 362 milhões provenientes das economias do Parlamento catarinense neste ano. Dos recursos financeiros repassados ao Executivo, Nadal explicou que R$ 20 milhões já haviam sido doados em fevereiro para o enfrentamento da Covid-19 e que foi sugerido destinar R$ 100 milhões para área de infraestrutura, R$ 150 milhões para área da Saúde, contemplando cirurgiaseletivas; R$ 50 milhões para
a Agricultura no combate à estiagem e R$ 42 milhões para área da Segurança Pública, dos quais R$ 30 milhões para Polícia Militar e R$ 12 milhões para Polícia Civil.
Produção legislativa - Em 2021 os parlamentares aprovaram mais de 320 projetos, sendo
195 de origem parlamentar, além das matérias que são deliberadas todos os anos, como a lei orçamentária e o reajuste do salário mínimo estadual. Nadal destacou a aprovação da Reforma da Previdência e do novo Código Ambiental catarinense, além das iniciativas de proteção à mulher e de igualdade de gênero e dos projetos que visam mais economia, celeridade e transparência
nos processos legislativos. O presidente da Alesc lembrou ainda a implantação da Sala dos Prefeitos, em parceria com a Federação Catarinense dos Municípios (Fecam).
