Nesta 1ª edição de 2022, trago na Coluna “Informando e Inovando – Seu Bolso” informações de como os feriados afetam a economia e em especial o nosso bolso.
Feriado é bom e desejamos que haja vários para podermos descansar, viajar ou nada fazer e sair da rotina. Esse sentimento não tem nada de errado, porém seus impactos na economia nacional e mesmo municipal são sentidos de várias maneiras.
O Brasil mantém nove feriados nacionais oficiais: (I) Ano Novo; (II) Sexta-Feira Santa – Paixão de Cristo; (III) Tiradentes; (IV) Dia do Trabalhador; (V) Independência do Brasil; (VI) Nossa Senhora Aparecida – Padroeira do Brasil; (VII) Dia de Finados; (VIII) Proclamação da República e (IX) Natal, e outros três como pontos facultativos, a saber, terça-feira de carnaval, quarta-feira de cinzas e Corpus Christi.
Além dos feriados nacionais devemos considerar que há os feriados estaduais e mesmo municipais, ampliando a lista de dias que a economia ressente pela redução da produção, consumo e vendas, mesmo considerando os acréscimos em setores em que os feriados elevam o movimento e o consumo.
Mas qual o impacto do feriado na economia? Somente para o varejo, quando o feriado cai em dia útil, ou seja, comercial, a estimativa é de prejuízo na ordem de R$ 2,46 bilhões, conforme estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Considerando apenas os sete feriados oficiais nacionais que caem em dias úteis, sendo o Dia do Trabalhador e Natal em dia de domingo, o prejuízo estimado em 2022 à economia é na ordem de R$ 17,2 bilhões, lembrando que deve se somar a este prejuízo os dias facultativos (3) e os feridos estaduais e municipais.
Vamos mais adiante. Analisando todos os setores ou atividades econômicas, não apenas o varejo, o prejuízo estimado para cada feriado em dia útil é de R$ R$ 10,12 bilhões na geração do PIB, conforme estimativa da CNC - Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.
E quais os setores mais atingidos com os feriados de 2022? Os estudos apontam que o setor de hiper e supermercados deve ter um prejuízo na ordem de R$ 3,33 bilhões, seguido de vestuário, calçados e acessórios com R$ 2,83 bilhões, e o comércio automotivo com prejuízo de R$ 2,63 bilhões, os quais juntos concentram 55% da folha do comércio varejista.
E as finanças individuais? Para os funcionários registrados pelo Regime de CLT não há perdas, a não ser dias de folga, podendo inclusive ter oportunidade por hora extra. Porém, para aqueles que atuam diária e diretamente com o mercado e consumidor final, como lojas, restaurantes, panificadoras, vendedores ambulantes e outros, o impacto financeiro poderá ser sentido pelo maior número de dias úteis no ano e a oportunidade de crescimento nas vendas e possivelmente de resultados.
FICA A DICA: Avalie cuidadosamente sua atividade e planeje suas operações considerando os feriados e descubra como criar oportunidade para manter ou crescer em seus resultados. Para os que atuam com turismo e demais serviços e comércio que o cercam, a redução de feriados em dias úteis deverá ser compensada com aumento nas vendas de bens e serviços. E, para aqueles que atuam no varejo em geral, incentivar o aumento das compras ou consumo antes dos feriados e para ambas situações com promoções sempre que viável.