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Nossa história sempre clamou por heróis. E um herói  não pode ter medos. Onde estão os heróis quando o medo se ocupa de todos? Eles deveriam estar de plantão para nos salvar de qualquer ameaça.

Nossa sociedade faz uma confusão grande que coloca medo e covardia como sinônimos. A palavra MEDO vem acompanhada da palavra VERGONHA.  Do herói de narrativas épicas, passando pelo cavaleiro medieval ou generais em estratégias de guerra e  chegando aos heróis do cinema o fato é que os heróis destemidos estavam preparados para governar o mundo.  Apenas discursos em épocas diferentes. Medo e covardia não são sinônimos.

Houve um tempo na história da humanidade ocidental em que os medos vividos tinham sua origem na natureza: medo do mar, tempestades, raios e trovões. Superada essa fase de nossa história – mesmo que ainda tenhamos medo de chuvas, enxurradas e enchentes – qual é o maior medo que a humanidade tem hoje? A própria humanidade.

Os perigos que rondam nossas vidas estão vindo muito mais dos humanos do que da natureza. Não tememos mais que o céu caia sobre nossas cabeças, mas trememos ao pensar em nossas dívidas com instituições criadas por humanos.

Os medos contemporâneos passam pela morte, pela profunda solidão mesmo no meio de uma multidão anônima, pelo fracasso financeiro diante de um grupo social almeja posses de bens, resultam em inveja do sucesso alheio. Tememos o envelhecimento e alimentamos a indústria das academias e produtos que prometem a eterna juventude. Temos amores e as paixões para não sofrermos depois e muitos reclamam de falta de sentido da vida sentados em divãs de analistas.

Muitos dos medos contemporâneos são oriundos de nosso medo da própria humanidade. Absurdo não acha? Incompletudes que fazem com que nos sintamos amedrontados.

Existem medos naturais e outros inventados. O medo é uma defesa primordial, uma garantia contra perigos que permite aos seres vivos escaparem provisoriamente da morte. Quando ultrapassa um limite suportável, passa a ser doença.

O que é um medo inventado? Um indivíduo da antiguidade temia os deuses, ou um morador de uma vila medieval temia não ir para o céu, os africanos temiam os espíritos materializados em máscaras ritualísticas, as perseguições feitas pela igreja aos hereges queimados em praça pública para purificar seus pecados, os monstros habitantes dos oceanos que engoliam barcos e impediam novas descobertas.

Tantos medos que a história humana enfrentou. Tantos que hoje parecem ridículos e absurdos aos olhos contemporâneos. Olhamos com tranquilidade os medos na História, tememos olhar nossos próprios.

A vida é construída entre o medo e a segurança.  Afinal, qual é seu medo?

Fica a dica:

Livro A HISTÓRIA DO MEDO NO OCIDENTE de JEAN DELUMEAU. Editora Cia das letras. 2009.


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