A região da Amfri aguarda para os próximos meses a inauguração do Centro Regional de Inovação de Itajaí. Peça fundamental do projeto InovAmfri no coração do Distrito Regional de Inovação, o Centro nascerá com a missão de elevar, a patamares internacionais, o ecossistema inovador em todos os municípios da Foz e reforçar a rede que começou a ser montada em 2014 com o Programa Catarinense de Inovação (PCI).

Quando estive à frente da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, desenhamos o PCI para levar Santa Catarina ao estado máximo da inovação, com os centros se tornando infraestruturas de convergência dos ecossistemas regionais, onde os empreendedores teriam todo o suporte para inovar e o capital humano receberia capacitações.

Nas fases iniciais do PCI, as parcerias com a Rede Catarinense de Inovação (Recepeti), o SRI International – um dos institutos mais inovadores do mundo, e Rede de Parques Científicos e Tecnológicos da Catalunha (XPCAT) – referência internacional em redes de inovação, foram vitais para trocar experiências e orientar os futuros gestores dos ecossistemas regionais.

O êxito do Programa Catarinense de Inovação está alicerçado na união de forças entre os poderes estadual e municipais, os gestores públicos, as universidades, os empreendedores, estudantes e a sociedade civil. Exemplos de sucesso nesta direção vêm de cidades onde estes parceiros receberam as linhas gerais do projeto, adaptaram-nas as suas realidades e tocaram os seus projetos com cooperação, parceria e responsabilidade.

Há algumas semanas conversei com o professor Aristides Cimadon, reitor da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) de Joaçaba. Ouvi dele elogios rasgados à iniciativa e um relato de que o Centro de Inovação Vale do Rio do Peixe – Inovale, está voando baixo, irradiando o pensamento inovador para os 22 municípios do Meio Oeste catarinense.

Em Chapecó, o Centro de Inovação gerido pela Fundeste/Unochapecó reforçou o ecossistema que cresce 30% ao ano na região Oeste, agregando valor aos setores tradicionais, como o agronegócio, e abrindo espaço para os segmentos da nova economia, como a indústria criativa. São dois exemplos recentes da rede criada pelo PCI e que já estão colhendo frutos do trabalho em equipe e das parcerias construídas, entregando resultados notáveis.

No começo de agosto passado, a Itajaí Participações foi oficialmente anunciada como gestora do Centro Regional de Inovação de Itajaí. Nesta posição, caberá a Itajaí Participações também o papel de agregar todos os parceiros regionais em torno do projeto e fazer dele o mais novo case de sucesso do Programa Catarinense de Inovação. A depender da força de vontade demonstrada desde o início do PCI por todos os agentes da Foz do Itajaí, ninguém segura o nosso Centro Regional de Inovação. Sinto que todos estes agentes, sob uma gestão aberta à participação, embarcarão 100% no projeto.

A interiorização dos ecossistemas de inovação em Santa Catarina é uma realidade. O que antes ficava concentrado nos polos urbanos, agora está espalhado pelos quatros cantos do estado. Essa é parte fundamental do nosso PCI e que representa a diferença entre falar e fazer!