No coração da AMFRI, o Distrito de Inovação Regional de Itajaí abrirá as portas da Foz do Itajaí para o futuro. Quando criamos o projeto InovAmfri, estudamos as principais cidades e regiões inteligentes, como Barcelona, Boston e Singapura. Em todas, haviam espaços fortes e consolidados para setores inovadores. Ficou claro que, para chegar ao nível de excelência que a AMFRI merece, precisávamos de um distrito de inovação como carro-chefe do eixo de desenvolvimento econômico regional do InovAmfri.
Firmamos uma parceria com a Surbana Jurong, escritório de Singapura, internacionalmente conhecido pelo alto padrão em projetos semelhantes ao nosso. Daí, nasceu o Plano Diretor do Distrito, repleto de soluções pioneiras no Brasil, capazes de transformar a Foz do Itajaí em uma região de classe mundial até 2040. Quando finalizado, o Distrito de Inovação Regional de Itajaí ocupará uma área de 221,8 hectares no Bairro Itaipava.
Os estudos de impacto econômico preveem a criação de 22 mil empregos qualificados diretos em 25 anos. Outros 54 mil empregos indiretos devem surgir por toda a região da Amfri. A Itajaí Participações, uma empresa pública do Município, responde pela gestão do projeto e pela captação dos investidores da iniciativa privada. O valor previsto para a construção de todo o Distrito é de US$ 320 milhões.
Serão três zonas econômicas. A zona de alta tecnologia receberá indústrias de maior valor agregado para produção em grande escala. Nestes espaços, veremos setores que estão na fronteira do conhecimento, como produtos farmacêuticos, eletrônicos e componentes automotivos. Setores tradicionais e estratégicos para a região, como a logística, também são bem-vindos no Distrito. Haverá uma área de transição para empreendimentos embrionários, que estão na fase de teste e prototipagem dos seus produtos.
Na zona de inovação, ficarão os laboratórios de pesquisa. É nesta área, onde já está instalado o Centro de Inovação Regional de Itajaí. Ele será o coração do Distrito, atuando como um hub conector entre as empresas instaladas ali e os demais atores do ecossistema regional de inovação – universidades, iniciativa privada, sociedade civil e governos. Como suporte, o Distrito de Inovação terá ainda as zonas comerciais e residenciais.
O espaço foi desenhado também com os mais altos padrões de sustentabilidade. É um quesito indispensável. Do espaço total, dois terços serão áreas verdes e de preservação, com espaços de convivência e lazer abertos ao público. Ou seja, além de ser um local para o desenvolvimento econômico e sustentável, o Distrito será um ponto turístico e de encontro na região da Foz do Itajaí.
Nas próximas décadas, nossos gestores terão o desafio de fomentar a criação de empregos de qualidade para os nossos jovens e atrair capital humano capacitado. O Distrito de Inovação terá um papel fundamental nesta missão. Ele representa inovação na veia da economia, empregos de alto valor agregado, mais renda e qualidade de vida para toda a região. E, de quebra, elevar a Foz do Itajaí ao patamar das principais regiões inteligentes do mundo. Precisamos mirar longe, saltar o Brasil, ou vamos ficar para trás.