O ato de planejar a administração pública sem uma base de dados qualificada é uma tarefa árdua. É um tiro no escuro que, quase sempre, abate até os melhores projetos. Em se tratando de inovação é ainda mais desafiador. O Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Região da Amfri (Cim-Amfri) quer remover do caminho da Foz do Itajaí faces desse obstáculo, com o que está sendo chamado de Sistema de Indicadores de Planejamento Estratégico Territorial e Socioambiental.
 
Já possui cadastro? Faça seu login aqui.
OU
Quer continuar lendo essa e outras notícias na faixa?
Faça seu cadastro agora mesmo e tenha acesso a
10 notícias gratuitas por mês.
Cadastre-se aqui
Bora ler todas as notícias e ainda compartilhar
as melhores matérias com sua família e amigos?
Assine agora mesmo!
A ferramenta irá subsidiar os nossos gestores, bem como todo o público e a comunidade acadêmica dos municípios da região, com informações de primeira linha sobre a realidade regional. O sistema surgirá a partir de um diagnóstico completo e monitoramento contínuo de dados econômicos, sociais e ambientais dos municípios consorciados. Entenderemos melhor a realidade em que vivemos hoje e compará-la com as últimas cinco décadas, mirando nos próximos 30 anos. Será um farol de informações para guiar os gestores rumo ao futuro.
Uma das iniciativas do InovAmfri, em sua primeira etapa, foi justamente preparar gestores em liderança e gestão inovadoras. Em 2017, por meio de parceria com a Amfri, o Centro de Liderança Pública (CLP) – um dos principais think tanks de excelência em gestão pública no Brasil – formou 40 servidores do efetivo municipal e 10 alunos das universidades com campus instalados na região. Essas pessoas saíram do curso melhor capacitadas para tomar decisões estratégicas e implantar políticas públicas mais eficientes.
O Sistema de Indicadores de Planejamento Estratégico Territorial e Socioambiental permitirá compilar os dados qualitativos e quantitativos na forma de rankings entre municípios, bem como entender o status deles em relação aos temas trabalhados. A ideia não é promover a competição entre as cidades. As similaridades e diferenças entre elas já são conhecidas. O ranking, assim como a relação dos municípios com os indicadores, permitirá ir mais a fundo no entendimento das causas e efeitos das assimetrias socioeconômicas e, a partir daí, traçar estratégias para reduzir as desigualdades locais. É preciso contornar ao máximo esses desafios para que todos cheguem juntos ao futuro que queremos para a Foz do Itajaí.
Antes da formalização do Cim-Amfri, as administrações municipais dependiam de iniciativas estaduais ou nacionais para ter este retrato regional. A maioria dos municípios da Amfri não dispõe de condições técnicas ou financeiras para coletar dados de forma sistemática, em tempo real e com o nível de detalhamento que estamos trazendo. A contratação do sistema de indicadores pelo Cim-Amfri vai elevar a capacidade de planejamento dos municípios, nivelando-a por cima, e irá oferecer uma base regional de dados integrada para ajudar no desenvolvimento das ações comuns a todos. O cronograma prevê iniciar a implantação do sistema ainda este ano. Com certeza, será mais um gol da placa do Cim-Amfri nos seus esforços em favor do empoderamento regional na Foz do Itajaí. Se os dados e a informação são o novo petróleo, mais uma vez a Amfri vai sair na frente!