Volta às aulas presenciais. Assunto polêmico, mas precisamos falar nele. Em toda situação da nossa vida, precisamos sempre pesar prós e contras antes de tomarmos uma decisão.
Então vamos lá...concordamos que a ausência de eulas presencias impacta em nossa crianças e jovens em vários aspectos. Eles não estão sendo privados apenas da educação, mas também estão perdendo a sua rotina e a convivência com os amigos. E piorando um pouco mais a situação, muitos deles ficam sozinhos em casa, já que seus pais estão na rua buscando sua fonte de renda.
O ensino remoto deveria ser uma solução temporária, mas já estamos há uma ano assim. A necessidade de adaptação para conseguirmos fazer essa modalidade de ensino foi algo enorme, e num esforço hercúleo nossos proessores conseguiram ultrapassar essa dificuldade.
Mas infelizmente temos um problema muito maior, que é o acesso dos alunos a essa modalidade de ensino.
A maioria dos softwares utilizados são desenvolvidos para computadores. No Brasil, 97% do usuários acessam a internet pelo celular. E muitos dos alunos nem acesso a internet tem.
Então como aprender sem acesso à aula remota?
E para os que tem acesso, é uma forma de aprendizado que requer muita disciplina e autonomia, duas características que requerem maturidade do aluno. Você acha realmente que nossos alunos do ensino infaltil e fundamental têm essa maturidade?
Respire fundo e não me chame de louca. Entendo perfeitamente o medo dos professores em contrair Covid junto a tantas crianças.
Mas vamos trabalhar juntos para que essa balança esteja mais equilibrada.
Precisamos, sem dúvida alguma, de condições seguras para volta às aulas. Segurança necessária para proteger professores, funcionários e crianças.
Além de todas as medidas básica necessárias - medição de temperatura, álcool gel, uso de máscara, distanciamento, tapete higienizador, salas ventiladas, cabe a nós como sociedade pedir a vacinação dos professores e funcionários das escolas para que se sintam mais seguros.
Da parte da administração da escola e pais, cabe à fiscalização que tudo esteja sendo corretamente feito, que haja uma comunicação transparente com a comunidade e um monitoramento dos casos de covid.
Mas devemos sim pensar na educação e saúde mental de nossas crianças. Elas necessitam do convívio social, da proximidade com o seu professor e da interação com a escola. E merecem aprender e crescer como cidadão. Precisamos estar juntos por eles.