Há mais de duas décadas, Itajaí e Navegantes discutem uma nova ligação rodoviária entre as duas cidades. A instalação do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Região da AMFRI (Cim-Amfri) trouxe uma nova dinâmica para esta discussão. Hoje, a mobilidade urbana figura entre os principais desafios do consórcio no curto prazo e não há tempo a perder. Uma nova ligação seca entre Itajaí e Navegantes tem imenso potencial para impactar positivamente o tempo e a maneira como as pessoas de toda a região se locomovem. É importante reforçar que a melhoria da mobilidade urbana regional é um dos pilares do projeto InovAmfri e o seu sucesso é fundamental para atingirmos o objetivo de fazer da Foz do Itajaí uma região de classe mundial.
 
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As duas principais propostas trazidas pelo InovAmfri são a construção de uma ponte ou de um túnel submerso. Parceiro no projeto do Sistema de Transporte Coletivo Regional, o Banco Mundial estudou as duas alternativas de transposição do Rio Itajaí. Feitas todas as análises e comparativos, chegou-se à conclusão de que o túnel imerso, embora demande investimentos maiores, se mostra, no longo prazo, muito mais interessante para os municípios, visto que a sua construção não cria nenhum obstáculo para o crescimento da atividade logística e portuária em toda a extensão do canal do Rio Itajaí.
A opção pela ponte traria uma limitação de altura e de largura para que os navios pudessem alcançar os terminais portuários que ficam a montante do porto organizado. A posição para a ponte criaria um obstáculo significativamente difícil de ser vencido para navios maiores. O trajeto pretendido da ponte liga os bairros Imaruí, em Itajaí, e São Domingos, em Navegantes, ou seja, situa-se abaixo de alguns dos terminais portuários de grande porte. Neste local, a ponte ainda teria a limitação de altura imposta pelo cone de aproximação do Aeroporto de Navegantes. O túnel imerso é uma tecnologia moderna e amplamente utilizada nos países europeus e asiáticos. Ainda não temos essa tecnologia sendo usada no Brasil. O mais próximo de utilizar a mesma técnica é o projeto do túnel ligando Santos e Guarujá, em São Paulo, onde a escolha se deu para defender o futuro do Porto de Santos.
Não resta dúvida de que esta é uma obra muito importante. O Cim-Amfri tem avançado significativamente para sair na frente e garantir o pioneirismo para Santa Catarina com o túnel imerso entre Itajaí e Navegantes sendo a primeira construção do tipo no Hemisfério Sul. A próxima etapa é a fase da elaboração dos projetos básicos de engenharia do túnel para que se possa ter uma estimativa precisa de custos. Já se sabe, porém, que os investimentos necessários serão muito superiores aos de uma ponte. A decisão que teremos pela frente representará uma visão de longo prazo: queremos seguir avançando ou correr o risco de comprometer a atividade logística nas próximas décadas? É uma decisão não apenas por uma ligação entre duas cidades, mas, sim, por uma ligação com o futuro.