Após avanço significativo da Covid-19 em todas as regiões de Santa Catarina, a rede de saúde começa a se aproximar de gargalos como falta de leitos, de medicamentos e de profissionais. O aumento de doentes graves fez o Estado enviar pacientes para o Espírito Santo e lançar um edital para contratação de 150 leitos de UTI em hospitais privados.
Isso porque a rede estadual dá indícios de ter chegado ao limite. O Hospital Oase, de Timbó, por exemplo, avisou a Secretaria de Estado da Saúde (SES) que possui estrutura para mais 10 leitos de UTI Covid, mas faltam profissionais e remédios. Além disso, a unidade permaneceu com três leitos bloqueados temporariamente para manutenção e informou que "o mercado está atrasando muito para fornecer materiais e insumos necessários".
No restante da rede filantrópica não é diferente. Segundo a presidente da Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicos (Fehosc), Irmã Neusa Lúcio Luiz, as unidades possuem estoque de medicamentos suficientes para os próximos 15 dias, mas a procura aumentou muito. "A grande reclamação é a dificuldade de adquirir alguns sedativos e a questão do valor", disse. Os preços estão em alta desde o início da pandemia.
No Hospital Regional São Paulo, em Xanxerê, o Propofol, medicamento usado para sedação, por exemplo, mais do que dobrou de preço em um ano. A unidade passou de R$ 7,10 para R$ 18. Como agravante, o consumo mensal explodiu- (1,1 mil unidades para 8,5 mil). "Todos os itens de consumo aumentaram muito então a gente não consegue equilibrar as contas", acrescentou. Com isso, hospitais enfrentam déficit financeiro.
O fornecimento de oxigênio é outra preocupação. A SES já fez dois aditivos ao contrato de fornecimento da rede estadual e técnicos da pasta sugerem uma suplementação global ou uma dispensa de licitação para compra emergencial, mesmo com sobre preço.
"Temos feito alertas para os municípios, as unidades hospitalares, porque o momento é bem difícil e pode ocorrer o desabastecimento de alguns insumos, principalmente os medicamentos do dito kit intubação", afirmou um técnico da SES. Segundo ele, o Estado tem estoque e poderá auxiliar outras unidades, caso necessário, mas o problema é que o consumo aumentou muito. "O estoque normal de alguns itens durava 15 dias e agora em menos de 24 horas se consume todo esse estoque", acrescentou. Para reduzir o consumo, o governo suspendeu cirurgias e consultas eletivas em todo o Estado.
Novos fornecedores
Cinco distribuidoras de gás natural do Centro-Sul do Brasil - entre elas a catarinense SCGÁS - lançaram na última segunda-feira (1º) uma chamada pública em conjunto para compra do insumo. O volume estimado de contratação é de mais de 6 milhões de m³/dia até 2024. "Queremos ampliar os supridores e levar gás natural para mais regiões de Santa Catarina”, disse o presidente da SCGÁS, Willian Lehmkuhl.
COMÉRCIO SEGURO
A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de SC (FCDL/SC) enviou um ofício ao governador Carlos Moisés nesta semana reiterando os cuidados que o setor toma em meio à pandemia. "Nossos lojistas cumprem integralmente regras sanitárias rígidas, a
FCDL/SC investe em campanhas de conscientização e nosso segmento é sem dúvidas um dos que mais cumpre as regras sanitárias", diz o texto, assinado pelo presidente da entidade, Ivan Roberto Tauffer. O documento pede que o fechamento das atividades por 14 dias seja descartado.
Confiança da indústria I
Em fevereiro, cresceu a intenção de investir da indústria no Estado, segundo dados divulgados pela Federação das Indústrias de SC (Fiesc). O indicador, que varia de 0 a 100, chegou a 73 pontos, o que indica otimismo dos empresários. Outro índice que se manteve em alta no período foi a confiança do industrial, com 63,4 pontos.
Confiança da indústria II
Os números mostram o momento de recuperação da economia em Santa Catarina. Além disso, exemplificam a discrepância com os outros estados. A média nacional de intenção de investir no setor foi de 58,3 pontos, e a confiança, de 59,5. Em ambos os indicadores o Estado está em patamar superior, diz o boletim da Fiesc.
Comando feminino na Adepol
A Associação dos Delegados de Polícia de SC (Adepol/SC) elegerá nova diretoria no próximo dia 26. A chapa única e de consenso tem à frente a delegada Vivian Selig (foto), atual secretária-geral da entidade e delegada regional de Tubarão, como candidata a presidente para o biênio 2021/2023. Esta será a segunda vez que a entidade será comandada por uma mulher.