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Crônicas da vida urbana

Por Crônicas da vida urbana -

Brecht e o brasil


“Miserável país aquele que não tem heróis. Miserável país aquele que precisa de heróis.”

 

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O mais intrigante nesse pensamento é vir de um país de cultura forte, consolidada, inquestionável – inclusive, na filosofia. Haverá alguma ligação direta entre cultura forte e economia poderosa? Os partidários do obscurantismo vigente por essas bandas vão negar – evidente. E vão continuar nos segurando nessa cloaca política.

O “Ciclo de diálogos Patrimônio Cultural Catarinense” (IPHAN/SC), nesta semana passada, mostrou claramente as boas razões brechtianas. Antes de mais nada, percebemos que sem os heróis, nada teria acontecido – ou teria acontecido de outra maneira menos importante. E precisamente aí, fica a nossa miséria: é uma infelicidade que PRECISEMOS de heróis.

O que todos mostraram, foram resultados maravilhosos, incompatíveis com as estruturas governamentais concernentes, desprestigiadas quando não esvaziadas e, sejamos claros, combatidas. Só que esses resultados são façanhas de Hércules – sem clavas e sem pele de leão, mas com uma paciência de santo. O herói brasileiro, é antes de tudo um santo de paciência – tem outro verso do Brecht, do qual não lembro textualmente, dizendo que “viver no mundo atual, exige a paciência de um santo, pra não ter que matar um chato em cada esquina”.

Pra qualquer ação saindo da “zona de conforto” dos políticos e seus patrocinadores, a gente é castigado com uma má vontade e uma inércia paquidérmicas; com uma escassez de verbas que são jogadas fora em roubos sob os mais astutos disfarces; uma burocracia asfixiante e cartorária; má fé e mau entendimento da parte de uma população mantida, não por acaso, em níveis culturais de formigas ou, mais propriamente, de cupins.

Os palestrantes – nos quais se evidencia a “sensação do dever cumprido” – falaram uma hora cada um. Mas para cada segundo de fala, enfrentaram horas de reuniões que somadas, dariam uma boa parte da vida deles – e que poderia ter sido empregada em trabalho construtivo. Onde seu extraordinário preparo, trabalho, estudo, teria muito mais rendimento, e resultados ainda maiores.

A força de inércia comportou também e em porção não desprezível, uma santa paciência para engolir sapos, levar porrada sem direito de resposta, em frustração impostas por colisão com interesses escusos como favorecimentos de patrocinadores e aliados políticos.

É muito fácil ser herói quando se cai do Planeta Kripton, quando se é picado por aranha radioativa ou causa similar. No Brasil, pra ser herói, tem que fazer um acabrunhante voto de pobreza de servidor público e ter santa paciência...


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