Por Magru Floriano - magrufloriano2008@gmail.com
Magru Floriano é graduado em História e Pedagogia, pos-graduado em Educação e Marketing, mestre em Educação. Professor universitário aposentado. Colunista e repórter desde a década de 1970
Publicado 13/10/2025 01:00
Café de Quinta I
Toda quinta-feira pela manhã um grupo de amigos se reúne na cafeteria Dona Ana, na Rua XV de Novembro, propriedade do radialista e ex-vereador Fabrício Marinho. A confraria guarda o lema ‘O Café de Quinta é de primeira’, tendo como principal tema das conversas a história de Itajaí. Na última quinta-feira estiveram reunidos: Gustavo Melim, Álvaro Castro, Nelinho, Homero Malburg, Zaga Mattos, Alfabile Santana, Magru Floriano, Antônio Carlos Cunha, Murilo Zipperer, Sydney Schead, Leandro Vinicius Hahn, Robert Grantham, Luiz Cidral, Antônio Ayres dos Santos, Edison d’Ávila, Paulo Kodaira.
Café de Quinta II
A Confraria do Café de Quinta conta atualmente com 17 membros e, infelizmente, o local está começando a ficar pequeno diante da demonstração de muitos outros amigos em aderir ao grupo. Entre uma das inovações está a ideia de mesclar o grupo com integrantes de gerações diferentes. Temos membros com 90 anos e outros com 30 anos. Essa troca de experiência é muito interessante e tem dado frutos intelectuais marcantes.
Café de Quinta III
Na última reunião da confraria iniciamos o projeto de ‘contação de histórias’. Um membro por semana conta uma história breve de algo inusitado que vivenciou. O primeiro a contar sua história foi o ex-presidente da OAB – Murilo Zipperer – sobre uma rebelião no Cadeião do Matadouro em 2016. As histórias estão sendo registradas para depois ir para as páginas de um livro de histórias de Itajaí.
Café de Quinta IV
O grupo não é fraco em termos de produção intelectual. Atualmente estão sendo gestados diversos livros por membros do grupo na área de história, memória, poesia, fotografia ... O primeiro que deve ser lançado é o livro do ex-diretor do Porto, Robert Grantham, intitulado ‘Crônicas da beira do cais’ – a 20 de novembro. Já estão bem encaminhados os livros: ‘Histórias que eu conto’ – Homero Bruno Malburg; ‘O inesperado das paixões – crônicas’ – do jornalista Zaga Mattos; ‘Arraial dos Cunhas – raízes, memória e horizontes’ – Antônio Carlos Cunha; História do C.N. Almirante Barroso – Gustavo Melim; fotografia/poesia – Alfabile Santana; ‘Meu olhar na fotografia’ – Magru Floriano. O grupo também está contribuindo com diversos artigos para o Anuário de Itajaí 2024, editado pela Fundação Genésio Miranda Lins: Edison d’Ávila, Magru Floriano, Eliezer Patissi estão entre os colaboradores deste Anuário. Também possuem contribuições na imprensa/mídia locais: Magru Floriano e Edison d’Ávila – Diarinho do Litoral; Álvaro Castro, Eliezer Patissi – Revista Digital Sopa de Siri; Leandro Vinicius Hahn – grupo Itajai de Antigamente.
Importa muito I
O Deco Sandri andou almoçando com o entisicado colunista Jota Cê por esses dias que se passaram. Na oportunidade falou ao colunista que ‘não importa se são situação ou oposição’ os deputados eleitos por Itajaí ‘mas, que sejam eleitos’ porque ‘irão trabalhar em prol de Itajaí’. Eu ‘disconcordo’ plenamente. Eleger um deputado federal da extrema-direita, que vai integrar a tropa de choque no Congresso contra o Governo Lula, é pedir para receber de troco a má vontade da estrutura burocrática de Brasília.
Importa muito II
Os nossos deputados federais devem, no mínimo, apresentarem um perfil moderado, com DNA negociador. Afinal, trazer verba para nossa região é o que importa – pelo menos nesse caso específico a que se reporta Deco Sandri. Hoje, por exemplo, saiu uma pesquisa apontando a preferência do eleitoral para a reeleição de Lula. Então, vamos eleger um deputado radical, extremista, que fica quatro anos batendo no governo... devemos esperar o que em troca? Verba federal?
Valorização I
O grande aumento populacional em todo o Litoral Norte catarinense tem promovido a valorização desproporcional de imóveis e terras até então abandonadas por ter baixo valor de venda. Regiões inteiras da antiga Zona Rural estão sendo disputadas a peso de ouro pelas incorporadoras, visando à construção de galpões logísticos e loteamentos de alto padrão. Rio do Meio, Itaipava, Arraial dos Cunhas, São Roque .... a terra começa a valer muito nestes grotões itajaienses. Assim como aconteceu entre Itajaí e Balneário Camboriú, espera-se no curto prazo que as terras entre Itajaí e Brusque passe por uma transformação urbanística acentuada.
Valorização II
Mas não é só no campo imobiliário que a valorização rápida vem ocorrendo por aqui. Um exemplo são os clubes recreativos. Dizem os entendidos que um título no Itamirim Clube de Campo está valendo no mínimo 60 mil reais – e não tem gente querendo vender. Os antigos clubes que adquiriram terras na Praia Brava tiveram seus títulos valorizados ao extremo. Um título de proprietário do Clube Fazendo pode ser vendido por mais de 300 mil reais. Afinal são apenas 242 sócios-proprietários, fazendo com que esses papéis sejam raros e cada vez mais valorizados. O mesmo acontece com a Sociedade Guarani, por conta de suas duas sedes estarem localizadas em lugares extremamente valorizadas. Um título do Guarani está avaliado em valor superior a 300 mil reais. E dizer que há bem pouco tempo esses papéis eram abandonados nas gavetas
Valorização III
Moral da história: os títulos dos clubes recreativos estão valendo como investimento em terras. Quanto vale, por exemplo, o terreno onde está instalado o Clube Tiradentes? O título do Fiúza Lima é um caso a parte, não obstante o clube ter área urbana muito valorizada não tem essa mesma valorização haja vista que a propriedade tem de ser repassada ao Município no caso de dissolução da entidade. Não dá de vender.
Prédio em ruínas I
O João Paulo – Superintendente do Porto de Itajaí ligou dia desses para falar sobre a questão que envolve o antigo prédio da Fiscalização do Porto, abandonado e apresentando problemas estruturais sérios. João Paulo deu razão ao Blog do Magru e garantiu que tudo está sendo feito para resolver o problema. Contudo, garante um final feliz somente após a conclusão do processo que está transformando o Porto em uma autarquia.
Prédio em ruínas II
Segundo João Paulo a saída do Instituto Soto / Univali do projeto de criação do Museu do Porto, a ser instalado no local, deve ser encarada como algo transitório, possível de um desfecho favorável. Segundo as conversas mantidas até aqui, tudo pode ser revertido rapidamente e o acervo poderá voltar para Itajaí, porque essa é a vontade de todos os envolvidos. O Blog também conversou com Jules Soto, representante do Instituto Soto / Univali no projeto. Ele garantiu que realmente a Univali tem muito interesse em abrir o Museu do Porto no local.
Prédio em ruínas III
O imbróglio do prédio da antiga fiscalização do Porto de Itajaí e a criação do Museu do Porto mostra muito bem como o setor cultural sofre no Brasil. É inacreditável que Prefeitura e Porto conseguem demolir rapidamente um quarteirão inteiro do centro da cidade, contendo o casarão Rodi, Itavel, Prefeitura, Capitania dos Portos .... e não conseguem mexer em um puxadinho dois por dois para fazer um Museu. Foi mais fácil demolir cinco andares da Itavel que arrumar um quartinho dos fundos .... Alguém aí falou em falta de interesse econômico?
Prédio em ruínas IV
O pior é ver que nessa trama estão todas as forças políticas emboladas e enroladas num cipoal de falta de interesse para com a cultura de Itajaí. Direita e esquerda, governo municipal e governo federal ... Todos tiveram muito tempo para resolver o problema e, até agora, o que nos resta é constatar que continua chovendo dentro do prédio, no quartinho dos fundos com dimensões de dois por dois. Como disse uma autoridade dia desse: ‘É uma vergonha!’
Aniversário
Nossos parabéns de hoje vão para: Dagoberto Coelho.
Agenda
10 de outubro a 21 de novembro – Galeria de Artes da Univali. Exposição ‘visualizações materizalizadas’ de Cristilla, victor Lark, Jorge Schroeder, Loraine Oliveira, Olinda Schauffert. Local: Campus de Itajaí – perto da reitoria.
02 a 19 de outubro – Centreventos – 36ª Marejada.
16 de outubro a 19 de novembro – Casa da Cultura Dide Brandão – 4ª edição da mostra ‘Nossa alma – sob o olhar feminino’. Artistas: Ana Clara de Souza, Mariana Ferret, Oara de jesus, Sarah Uriarte, Violeta Alves.
16 de outubro a 10 de novembro – Casa da Cultura Dide Brandão – exposição ‘O peito’ de Flávia Lapa.
16 de outubro – Casa da Cultura Dide Brandão – 20 horas – Coral Villa-Lobos. Reserva de convite a partir do dia 14 no Museu Histórico.
25 de outubro a 06 de fevereiro de 2026 – Museu Histórico de Itajaí – exposição de fotos sobre as enchentes no Vale do Itajaí.
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Publicado 05/12/2025 19:52